27.4.10

CIRCO SEM PÃO

No post anterior, por causa da comissão trágico-cómica de inquérito, disse que aquilo era vazio em demasia, em tempos sombrios, para um país com muito mais para fazer. De novo, uma agência de rating baixou o nosso. As consequências são as do costume - o dinheiro emprestado custa-nos mais. Mas o nosso parlamento é a "expo 98", deslavada e a preços de 2010, i. e., circo sem pão.

8 comentários:

Anónimo disse...

Se saímos do Euro, o (Novo) Escudo pôe-nos imediatamente aí uns 20-25% mais pobres. Não vão a Fátima pôr uma velinha, não!

Anónimo disse...

Mesmo que Portugal tivesse um governo competente e um planeamento correcto, julgo que para estes cavalheiros do rating isso não faria diferença. A pretexto das reticências à Grécia ou a outro propósito qualquer. Eles também têm instruções e quem lhes pague.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

Depois do pão teremos de começar a direcionar a preocupação para a água. Aguardemos o argumentário contra a maledicência de Kim-il-manso, que deve estar quase a aparecer no televisor, se é que hoje houve alguma festa de inauguração de promessa de lançamento da primeira pedra de alguma empresa abençoada pelo PIN.

Anónimo disse...

"Mesmo que Portugal tivesse um governo competente e um planeamento correcto, julgo que para estes cavalheiros do rating isso não faria diferença."

A preocupação desses cavalheiros é o patinho que vem atrás. Solução: nadar para a frente, em vez de ladrar.

Anónimo disse...

Um Governo correcto e competente não precisa de se endividar, logo as agências de rating são irrelevantes. Mas isso parece ser muito difícil de compreender para as pessoas.

lucklucky

Anónimo disse...

Comunicado do Conselho da Revolução das 17h sobre a Nação e o PSD, publicado no Diário Económico:

"Independentemente da opinião que tenhamos quanto ao acerto desta decisão ou quanto à sua justeza o facto é que ela não ajuda a serenar os mercados, pelo contrário. Por isso o tempo é de decisão e ação. Temos que nos manter serenos e firmes e fazer o que tem que ser feito. E o que tem que ser feito é tomar medidas. O Governo já anunciou medidas a tomar. O Conselho Europeu e a Comissão Europeia já exprimiram o seu apoio. O Governo já iniciou a execução de medidas. Temos que prosseguir sem hesitações. Como no passado, faremos o que for necessário para assegurar eliminação do défice excessivo e para promover a competitividade da economia portuguesa.

Este é um momento decisivo. O país tem que responder a este ataque dos mercados. É tempo de o Governo e os partidos, em especial o PSD, se entenderem quanto a isto: há que executar as medidas necessárias. Não é tempo para querelas inúteis. Há que focar a atenção naquilo que é e deve ser prioritário para o país pois as dificuldades da crise ainda não acabaram e o que importa é ultrapassá-las o mais rapidamente possível a bem da robustez e solidez da recuperação económica e do reforço da competitividade da economia portuguesa."

Assina: Teixeira dos Santos, Ministro do Descalabro

Anónimo disse...

Uma ajuda para descomprimir:

http://www.youtube.com/watch?v=brRL0-DDGI0

Anónimo disse...

Rectifico então: Mesmo que Portugal tivesse AGORA UM NOVO E competente governo...
Quanto ao mais, e a propósito de ladrar e nadar para a frente, desafio o extensíssimo friso de comentadores televisivos, professores, assalariados do estado e restantes pessoas de vida confortável a abandonar prontamente as respectivas posições "seguras" e a passarem já a trabalhar por conta própria, para patrões privados e a concorrerem a concursos públicos-internacionais com 700 inscritos (para obter um trabalheco que, a vir - uma hipótese em setecentas, só cobre 1/3 do ano e dá despesa) e planearem assim a vida no actual cenário cor-de-merda-profunda em que TODOS estamos metidos. A verificar-se a bancarrota, até a atmosfera e os dodot's vão mudar de cheiro.

Ass.: Besta Imunda