28.4.10

A MORTE DO FACTO

Como a adesão ao acordo ortográfico lulístico pode matar, logo na primeira frase, o resto. «Aldous Huxley dizia que "os fatos não deixam de existir só porque são ignorados."» Tal como as camisas, as gravatas ou as cuecas, já agora.

14 comentários:

Anónimo disse...

Adira à ILC para pedir a revogação do acordo.

Anónimo disse...

P'ó caralho com o acordo ortográfico.

Ass.: Besta Imunda

Bic Laranja disse...

Chega-me a identidade. A quem quiser aprender, eu farei por ensinar. O resto... são ecos de sotaque.
Cumpts.

javali disse...

Pobre Viegas. Tinha-o em melhor conta. Sempre muito conservadorzinho, mas como é amante das áfricas e dos brasis vergou as costinhas aos trópicos. À bardamerda.

Alves Pimenta disse...

Jamais escreveria num jornal para cujas direcção e redacção não há (ou agora é á?) diferença entre fatos e factos.
Que se vão todos f****! Cada um como gostar, claro.

Anónimo disse...

Não esquecer os soutiens e os cintos de ligas, vermelhos de preferência...

PC

Anónimo disse...

Porque raio colocam um acento circunflexo, por exemplo, em «econômico» ?

Merkwürdigliebe disse...

Os fa(c)tos e o seu singular, sempre foram a minha palavra preferida do português com sotaque. E muito motivo de troça sem maldade da minha parte durante anos, anos antes do "acordo pornográfico".

Mal sabia eu que anos volvidos, o partido rosa, honrando a memória dos seus antepassados do PRP, sobre a melhor forma de usar joelheiras face a grandes potências como a Inglaterra, voltando-se para o Brasil, viessem por decreto dinamitar (como as Torres de Tróia), aquilo que já pouco de portugal sobrava, a sua língua. Estamos sempre a aprender com os estertores da morte do Regime.

Belzebu Catita disse...

Depois desta facada final no que sobrava de Portugal, já só nos resta pedirmos para ser espanhóis. Vamos lá ver se eles querem (Espanha já tem saloios que chegue). Daqui a cinquenta ou cem anos, com um bocado de sorte, talvez haja um ressurgimento nacionalista da língua e se possa recuperar alguma coisa.

fsosalgueiro disse...

Tanta veste rasgada, deus meu. Mal ou bem, a isto chama-se evolução. É evidente que eu durante toda a minha vida estarei agarrado ao facto, mesmo que esteja de fato, camisa e gravata. Daqui a 20 anos nem saberão do que estamos a falar.
Isto não desculpa o mau (péssimo) trabalho feito pela comissão e por quem politicamente assumiu a revisão.

fsosalgueiro disse...

adenda:
qualquer dos factos aqui apresentados não justifica a falta de nível da maior parte dos comentários. Gosto de seguir este blogue pela qualidade das ideias e também pelo rigor do português escrito. às vezes fico aborrecido pela rispidez da linguagem do autor (que não conheço), mas desculpabilizo porque se aceita pela originalidade. Aborrece-me a maior parte dos comentários onde se empregam as palavras m**da, ca***ho, apenas por imitação. Moderem a linguagem p.f. pois não é por falar mais alto (mal) que se tem mais razão.
E quem se sentir ofendido que me chame de pudico.

Anónimo disse...

Enquanto são uma meia-dúzia de palermas a escrever "à moderna" nuns pasquins e coisa e tal, não fico preocupado. Quando este AO idiota e estupidificador começar a ser ensinado nas escolas é que vai ser a desgraça completa.

Unknown disse...

A língua escrita tem sofrido evoluções desde que foi inventada. Este é apenas um outro processo evolutivo. A escrita que Camões usou é muito diferente da que usamos hoje e este português, o português a(c)tual, continua a ser “a língua de Camões”! Não é por aqui que vamos perder o patriotismo. O patriotismo é o empenho que todos devem ter em fazer com este país se desenvenci-lhe das redes que o enleiam; das redes e das “aranhas” que o oprime. De palavras está o mundo cheio. Querem-se a(c)ções. A intelectualidade só por si não vai chegar lá. Mãos à obra. Isso sim!

Unknown disse...

Não poderia estar mais de acordo com fsosalgueiro. Não me chamaram de pudica mas creio que me cognominaram-me de “anjo”. Talvez o uso de obscenidades lhes dê um ar mais masculino, mais macho de que muito prezam e que muito receiam perder com um português mais requintado. Também não conheço o dr. JG (não o consigo encontrar no google ou melhor, aparecem muitos, não se sabe quem é o quem ....), mas reconheço-lhe uma extraordinária capacidade de análise e particularidade de expressão escrita.

Ainda sobre o acordo ortográfico: os jovens são possuidores de uma grande capacidade de adaptação; o novo acordo não vai ser um bicho de sete cabeças para eles; para os mais velhos talvez, basta ler o que por aqui se escreve, o requinte dos seus comentários. Mas mesmo com tantas palermices devemos respeitar as opiniões dos outros, mesmo as dos pacóvios.