5.1.11

A TORRE


Fui aluno de Jorge Miranda cuja probidade sempre apreciei. Todavia, nem os melhores espíritos estão completamente libertos dos seus "momentos tabula rasa". Miranda prepara-se para conduzir a tradição doutrinária constitucional portuguesa até ao livre arbítrio de um tribunal "político" como o constitucional. Ainda há pouco, na sicn, o pequeno Vitorino - que lá passou como "juiz" - explicou a respectiva "tendência" jurisprudencial: tudo pela nação, nada contra a nação. Nação aqui normalmente reproduzida no governo da hora. Isto para dizer que as providências cautelares deverão morrer de morte natural. Vivemos num regime em que o anti-natural é natural por natureza e onde tudo está bem assim e não podia ser de outra maneira.

(foto: daqui)

7 comentários:

Anónimo disse...

Mas se neste pais nada funciona porque deveria funcionar a justiça?

Garganta Funda... disse...

Pois, foi o mesmo constitucionalista que disse que as remunerações compensatórias nos Açores não eram constitucionais.

Realmente o Prof. Jorge Miranda é um dos expoentes máximos do estatismo reaccionário português.

Muita falta faz o Prof. Marcello Caetano,ele que é do tempo, onde ainda não havia essa indústria próspera dos «pareceres»....

Cáustico disse...

Foi feita a um advogado a pergunta sobre a razão da estátua da justiça ter os olhos vendados. Resposta do advogado: Foi para não lhe ser possível ver as injustiças que se cometem em nome dela.Repare--se na obra do PGR e do PSTA. E não precisamos de congeminar muito.

Anónimo disse...

Mas porque não fazer antes a seguinte pergunta, porque diabo é que neste país nada funciona ou
antes, não há vontade política para que nada funcione?

Os cortes salariais são um verdadeiro CONFISCO e, pelos vistos
o governo sabe que não sairemos da crise, porque declara para sempre estes cortes, o que julgo não está a acontecer em mais país nenhum, e isto só por si é crime...

É um CONFISCO e atinge também trabalhadores que estando em empresas do Estado, nada têm de FP, i é, são regidos pelo código laboral dos privados,logo, não auferem nenhuma "regalia" dos FunciOnÁrios Públicos.

MAS A QUESTÃO CENTRAL É QUE NINGUÉM DEVE VER PARTE DO SEU SALÁRIO CONFISCADO , AINDA POR CIMA UMA MINORIA, E HAVER INTOCÁVEIS, QUE PODEM REFORMAR-SE QD QUEREM, ACUMULAR DIVERSAS PENSÕES , E MILHÔES DO CONTRIBUINTE (QUANTIAS MUITO, MUITO SUPERIORES DO QUE OS CORTES)PARA AS FRAUDES DO BPN...

G

joshua disse...

É isso.

Anónimo disse...

Bons tempos aqueles em que ainda se fazia boas capas para livros - mas agora a tirania do marketing obriga a fazer as coisas para o "público", esse monstro abstrato.

Isabel disse...

A pauperização da classe média está a atingir proporções insuportáveis e incomportáveis.É todo um estilo de vida decente que vejo desaparecer, com consequências imprevisíveis.Por antecipação, sofro já o nojo e a raiva que se apoderarão de mim quando vir o roubo "legal" no meu salário deste mês.Não sei que dimensão atingirão esses sentimentos em mim e no meu universo maioritariamente constituído por funcionários públicos.Talvez não seja grande o impacto político, a coisa está bem pensada, acima dos mil e quinhentos Euros, desmobilizando grandes manifestações de rua e incentivando pequenas invejas. Contudo, o impacto moral e psicológico será, creio, devastador.Não se trata de salvar a Pátria, nem de ajudar os pobres. Trata-se de sustentar uma corja insaciável de novos ricos deslumbrados, infelizmente investidos de Poder.