23.1.11

O C.U. DE ANTÓNIO COSTA

O "cartão único", uma invenção desse soba comentadeiro que dá pelo nome de António Costa, está a provocar coisas como as que conta o leitor Manoel Barbosa:

«Porque o seu blog é bastante lido, talvez esteja interessado (obviamente depois de se informar convenientemente), em alertar as pessoas para o facto de muitos eleitores não poderem votar, dadas as alterações de números, e, se "recambiadas" para informação sms, telefone ou internet, não lhes estar a ser facultada qualquer informação !... Hoje, à minha frente, e porque "recambiadas" pela mesa identificadora dos eleitores, três pessoas desistiram. Dada a profusão de canalhices, nada nem ninguém me impede de presumir que pode tratar-se de um entrave para aumentar a abstenção...»

Pacheco Pereira - que logo lá deve estar a doutrinar a pátria ao lado daquele cacique autor político do "cartão único" quando era ministro de Sócrates com cem pastas -, bem que o podia confrontar com as suas próprias dúvidas em vez de andar tão preocupado com petições que ele apelida de "populistas".

Adenda: Miserável é o mínimo com que se pode classificar a prestação de Nuno Godinho de Matos, da CNE. Tudo digno de um país latino-americano ou de uma ditadura africana mais primitiva e rasca. Um país onde o 1º ministro, porém, vai votar de carro eléctrico.

12 comentários:

floribundus disse...

na freguesia de São Domingos de Benfica era a confusão total.
a multidão não desmobilizava por causa das dificuldades.
o minimo que se ouvia
boicote dos filhos da puta
governo e comssão de eleições são uma merda

Carlos Dias Nunes disse...

Não há trafulhice que não lembre ao governo do falso engenheiro.
Esta do boicote governamental à votação, forçando a maior abstenção de sempre, é de mestre!
O pulha e capangas não recuam ante seja o que for que lhes proporcione mais algum tempo de poleiro.
Mas lá chegará o dia da vingança… Oh, se chegará!

Cáustico disse...

Votei em Rio Tinto apresentando o cartão único. Não tive qualquer problema.
Será que nas assembleias onde eles existiram foram consequência dos capangas nelas presentes e não dos cartões? Convinha averiguar.

Anónimo disse...

Este caso da Base de Dados que está a ser confirmado pela CNE poderia ser aceite se o procedimento em causa obrigasse à execução de uma transacção crítica que implicasse a necessidade de concentrar tudo num só local de execução da operação, como poderia acontecer num sistema Multibanco, com o propósito de evitar que de uma mesma conta fosse simultaneamente levantado dinheiro em dois ou mais postos, somando um total superior ao valor depositado. Assim compreender-se-ia, no limite, a concentração num recurso (servidor) que não aguentava o pico mas sustentava as necessidades de segurança, postas acima de tudo, através da serialização das operações. Mas atenção porque não é disto que se trata. O que aparentemente está em causa é uma mera consulta a dados estáticos préviamente tratados, que correlacionam um eleitor com uma mesa de voto. Neste caso os dados poderiam e deveriam estar distribuídos de modo a suportar a carga, mesmo que uma porção da rede de comunicações e/ou parte dos servidores falhasse. Seria muito interessante perguntar a quem de direito se executaram testes de carga/stress nos servidores ou se foi feito a olhómetro. É que a resposta só pode ser sim ou não.

Gonçalo Correia disse...

A culpa foi, é e será sempre do sistema, seja de que sistema for, não interessa. O sistema foi, é e será sempre a vítima fácil do próprio sistema, seja de que sistema for, não interessa. Confuso?! Talvez, a culpa é o do sistema, estúpido!

Adenda: entenda-se por "estúpido" o sistema, claro.

Gallião Pequeno disse...

Cheguei à mesa onde sempre votei e mostrei o CU. O senhor, chefe da mesa, pediu desculpa e disse que o meu CU de nada servia pois, como eu podia constatar, não tinham sistema informático para validar a minha identidade. Perguntei-lhe se não tinham sido disponibilizados "magalhães" ou outro mecanismo tecnológico que o ajudasse na tarefa. Respondeu-me com um sorriso: "as canetas que estão nas mesas fui eu as trouxe, já roubaram seis, e o aquecedor também é meu, pois claro!".
Como se não bastasse, tive que ir votar noutro estabelecimento pois estavam em processo de distribuição de mesas pela freguesia. Como tinha preparado um pequeno passeio, tive que voltar a casa, rápido, para pegar no automóvel e deslocar-me à nova mesa. Isto sem qualquer aviso, nem mesmo no sítio da junta.

Tecnologias!!!!

Estou danadinho pela vitória de Cavaco, não propriamente por ele mas por aquilo que espero que faça e com celeridade.

João Sousa disse...

Pelos vistos, o amigo Chávez sempre ensinou algumas coisas ao querido líder. Será que devia ter sido pedido um grupo de observadores da ONU para seguir o processo eleitoral?

Anónimo disse...

Se a memória não me engana foi numas legislativas de há uns anos que também houve um apagão no sistema informático. Não me lembro é do resultado.

Lura do Grilo disse...

Eu votei com o velho e amassado BI e ainda com o Cartão de Eleitor que me deram quando fiz o 1º recenseamento.

Este último parece um papiro: um preço dos mais de 25 anos que tem.

Nada com as velhas tecnologias para combater as novas burocracias.

Anónimo disse...

Nunca votaria nem apoiaria este Governo, pelo que estou à vontade para dizer isto: quanto tirei o Cartão Único, fui informado que seria automaticamente recenseado, por entretanto ter mudado de residência. Nas últimas autárquicas, ANTES do dia da votação procurei saber o meu número de eleitor e local de voto. Foi fácil e rápido, porque os servidores não estavam "entupidos" com a avalancha de pedidos que hoje se verificou. O mesmo aviso deve ter sido feito a outras pessoas, que se esqueceram de verificar a tempo onde votariam e qual o seu número. Deixaram para hoje e agora é fácil culpar o Governo. Eu culpo, sim, a Comissão Nacional de Eleições, que devia ter feito uma campanha para informar os eleitores.
David

Joaquim disse...

Esse sr. dr. godinho de matos é o advogado do escritório do advogado do sr. pinto sousa (o sr. dr. proença de carvalho) que assume a firma no segmento de actividade relativo à defesa dos puros eventualmente acusados de corrupção (ainda há pouco tempo foi o que deu a cara pela firma no caso dos sucateiros e amigos enquanto o sócio principal tratou do cliente principal).
Há pouco esse sr. advogado escreveu um artigo em que até censurava o branqueamento de capitais, como coisa de 3º mundo para ajudar a incompetência de polícias, procuradores e juízes (por acaso decidiu esquecer que tal só foi adoptado com grandes restrições no nosso país por força da pressão de Nações Unidas e UE e mesmo assim com aquelas habilidades típicas e ressalvas do país de 1º mundo que é portugal).
Então o advogado do escritório de proença de carvalho não deixou de renegar o tal horror do crime de enriquecimento ilícito, outra coisa de 3º mundo (que ele tb se esqueceu de dizer que é promovida pelas Nações Unidas).
É caso para dizer que está percebido o 1º mundo nacional de que se alimentam este gordinhos, e então se o da decência é o 3º que sigamos contra as suas vontades, já que está visto para onde eles nos querem levar / pastorear.
Assisti à vergonha que aqui foi referida na freguesia de Santa Isabel em Lisboa, com, nem de propósito, a desistência de eleitores de 3ª idade.
Numa freguesida onde recorde-se o sr. pastor costa perdeu nas últimas autárquicas!

Anónimo disse...

Eu tenho cartão de cidadão vai para dois anos. Como tinha sido noticiado que o dito cartão tornava inútil o cartão de eleitor, já nas eleições europeias de 2009 me apresentei para votar sem levar o cartão de eleitor e tive por isso um pequeno problema (resolvido) quanto à identificação da mesa onde votava.

Com isto quero apenas dizer que esta bagunça já há bastante tempo deve ser do conhecimento dos ditos "responsáveis".