26.1.11

COSMOPOLITISMO E PAROQUIALISMO


Convém estar atento à "Europa", à "Europa" do euro e da sra. Merkel. Continuar a olhar para o umbigo e para os diabos internos das pequenas coisas é pura perda de tempo e acto de esmerada estupidez. Depois de quase uma hora de inútil galhofa e de apreciações a roçar o ridículo - apenas se safou, uma vez mais, a moderadora Constança Cunha e Sá -, Medeiros Ferreira, no serão político da tvi24, lá conseguiu introduzir vagamente o tema crucial perante a indiferença dos outros (Rosas e Santana Lopes) que não descolavam dos portugalórios de cada um. Mas, insisto, é de fora para dentro que as coisas se vão decidir. Os nossos figurantes, dos melhores aos piores, podem pouco perante uma realidade do deve e haver que nos ultrapassa. E a "Europa" e essa realidade começam já aqui ao lado, em Espanha. Mais cosmopolitismo político e menos paroquialismo dava agora muito jeito.

5 comentários:

Pedro Ferreira disse...

Quem ouve os comentadores de olhos fechados, fica a saber que estão lá vozes de esquerda (2). Uma terceira voz parece ser de outra coisa, coladinha aos precedentes, sem diferenças que se veja.
Blasés da Lapa, com ademanes de politicamente correcto ou seja umas perfeitas inutilidades políticas.
Era coisa que eleições uninominais arrumavam de vez...assim lá vão perorando e aproveitando.
O outro diz que no Domingo havia falta de alegria, mas depois de os ouvir a sensação é de wasting our time.

Comentando apenas e só os corredores, esta gente não tem ponta de abordagem sobre a realidade, trágica, em que se encontra o País.

Bastonário da Ordem dos Otários disse...

Santana Lopes serviu em baixela o veneno que o Prof. Cavaco lhe serviu em 2005.

Como o Mário Soares, Santana também foi um vencedor na noite de 23.

floribundus disse...

este rectângulo socialista
parece um teatro de 'robertos'
apanham cacetada e insistem

joshua disse...

A tenaz internacional vai apertando, apertando, até sufocar pelo menos as veleidades de circo e optimismo histérico-cocainómano.

Unknown disse...

Como todos sabemos, a "europa" começa na vertente oriental dos Pirenéus - o que nos autoriza plenamente a "dizer coisas" ( as mais variadas) sobre a Europa.Daí não advém qualquer problema - desde, pelo menos, o ilustre Zé Maria, que a coisa se passou assim sem grandes contrariedades.
Da tal vertente para lá é erro, e grosseiro, falar-se em Europa - não existe "europa", existem países europeus, com interesses e políticas divergentes ( no melhor dos casos, pois muitas vezes essas políticas são simplesmente opostas).A protecção militar americana garantiu a ficção da "europa" e "sus valores" (quais?)face à ameaça do Império Russo, transvestido em União Soviética. Ora os EUA faliram, sendo as questões de mercearia as de somenos importância ( vide quem ocupa a Casa Branca...), e a Santa Rússia ...digamos que se reestruturou ( o processo ainda decorre...).
Como o tratado de Windsor já não nos pode valer, convém não perder de vista o que se passa na Puerta del Sol e adjacências. Como se dizia antigamente, é por ali que passa o nosso destino de "Marrocos de Cima".
A quem possa interessar, às quartas feiras, hoje, portanto, a TVE Intl passa o programa 59" , cerca das 22.15, hora portuguesa.
É de grande interesse, pela qualidade e "massa crítica" , tanto dos tertulianos como dos convidados - para não mencionar a guapíssima moderadora, a "rubia" Maria Casado...
Vejam , que vale a pena.