A irmã do Padre João Seabra começa mal a sua missão patriótica. A paródia da "colocação dos professores" é digna do melhor Almodovar. Para efeitos oficiais e de cobertura televisiva, o ano lectivo começa hoje. Não custa nada abrir uns portões e umas portas de salas de aula, meter lá para dentro a rapaziada e sorrir. É assim que os anos escolares são inaugurados. Por detrás desta encenação grotesca, o panorama é invariavelmente o mesmo. Parece, aliás, que desta vez é um bocadinho pior. Não percebo como é que se pode pretender dar lições à administração pública e apoucá-la perante a sociedade portuguesa, quando os principais "responsáveis" por ela não conseguem pôr de pé um "método". Os antecessores da Dra. Carmo Seabra saíram indemnes como entraram. Os que os antecederam também. Aparentemente ninguém faz uma mínima ideia do que fazer. Entretanto o registo da "qualificação", que tanto preocupa a segunda versão desta gasta maioria, vai cedendo perante o conformismo banalizado e a balbúrdia. A culpa é sempre do "sistema", seja lá ele qual for, mesmo quando não há nenhum. Este original "caminho para a escola", que se repete fastidiosamente todos os anos, transformou-se simplesmente num sórdido labirinto onde não se conhece qualquer saída.
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