(...) Sobra nada do Estado. Forças Armadas utilizadas para defesa das concepções morais e religiosas de alguns ministros. Um primeiro-ministro que, acima de tudo, não quer problemas e que para tudo propôe "pactos de regime" a um regime que já ninguém sabe bem o que é e onde fica. Um Governo onde os "lobbies" de interesses representados se enfrentam abertamente por interpostos ministros, com a imprensa a relatar, como se de um jogo de futebol se tratasse, "1-0 a favor do ministro tal; empate a 1-1; 1-2 a favor deste ministro". Uma oposição que discute quem é mais moderno, mais socialista e quem consegue afugentar mais eleitores. Um Presidente da República que aproveita qualquer coisa como as Jornadas Nacionais sobre a Inseminação Artificial da Amêijoa para se queixar que ninguém lhe dá satisfações, embora ainda seja Presidente e ainda seja "comandante supremo" das Forças Armadas. E uma justiça que já chegou ao ponto de os magistrados terem de levar os processos consigo quando vão de férias, para evitar que os colegas lhes soneguem os processos, as decisões e o protagonismo. Haverá país que resista a tanto?
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