9.9.10

OS SIMPLIFICADORES


Este "cientista social", eventualmente politólogo e rapazola com óbvios talentos intelectuais, pretende eliminar o PC da face da política portuguesa. Qualquer rapazola que veja, ouça e leia sabe que o PC é um partido parlamentar, muito diferente do PC de 75. Que o PC é mais "controlado" pelo movimento sindical do dr. Carvalho da Silva (hoje um herói do dr. Soares) do que o contrário. Que não é o PC que impede a nossa sociedade e a nossa política de serem "liberais" - é mesmo a nossa sociedade e a nossa política das quais o PC, genericamente, está arredado. Finalmente, o PC tem uma história e, em certo sentido, uma grandeza específicas que pessoas como o Raposo não podem entender. Cunhal queria outro país mas o país nunca escolheu o país de Cunhal, uma amarga derrota de que falava no fim. Todos os partidos sem história (ou com uma mas curta) cresceram nestes anos, o PC encolheu e o país persiste periférico e burgesso. É um sinal dos tempos. Mas o Raposo também é outro sinal. E assim sucessivamente.

6 comentários:

TMC disse...

"óbvios talentos intelectuais" :)

Se me permite discordar, caro JG, o HR é pouco mais que uma verde catatua de lugares comuns. Está bem mesmo ao lado da coluna do homólogo do BE.

Bic Laranja disse...

O Raposo é mais sinal do país do que o P.C.P. alguma vez foi.
Cumpts.

Anónimo disse...

JG, não será que está a enveredar por uma via de evolução da sua perspectiva perante a política e a sociedade semelhante à do Freitas (do Amaral), mas muito mais acelerada?

O comentário do cientista social é uma ironia...

PC

floribundus disse...

o dr. barreirinhas 'não comia meninos ao pequeno-almoço'.
comia contribuintes e países.

'morreu o bicho,
ficou a peçonha'

Anónimo disse...

Mas não há dúvida de que Fidel deu um "ar da sua graça". Agora, o quê exactamente é o que ninguém sabe. Vai experimentar o "modelo" russo e liberalizar a economia mantendo o designado "centralismo democrático" ? Se calhar já não era mau para aquele sofrido povo ...

Anónimo disse...

Um parentesis s.f.f. :

- «O governo da República, para comemorar 100 anos da dita, diz que vai pôr 200 charangas numa espécie de uníssono nacional tocando A Portugueza.
Naquela cantiga do Zé Cid, no dia em que o rei fez anos, sabemos que o vinho correu à farta e a fanfarra não parou de tocar. Foi só um dia e apenas uma fanfarra. Agora são 100 anos, 200 fanfarras: os do governo dando-nos música a dobrar por cada ano da República. Uns fanfarrões».

In «Bic Laranja»