Já não confio nem creo,
Já confiei e já cri:
mal assi, e mal assi.
Ó cousas, todas vãs, todas mudaves,
Qual é tal coração qu'em vós confia?
Sá de Miranda
(«A arte poética de Sá de Miranda, que aflora logo como um sopro novo nos seus poemas «tradicionais» do Cancioneiro Geral, é precisamente esta, de que não digamos que estamos isentos, apesar de os suicídios expiatórios de Antero e Sá-Carneiro terem propiciado a heteronímia, conservada em álcool até aos limites do fígado, de Fernando Pessoa: a arte, dolorosa e triste, de ser moderno em Portugal.» Jorge de Sena)
(«A arte poética de Sá de Miranda, que aflora logo como um sopro novo nos seus poemas «tradicionais» do Cancioneiro Geral, é precisamente esta, de que não digamos que estamos isentos, apesar de os suicídios expiatórios de Antero e Sá-Carneiro terem propiciado a heteronímia, conservada em álcool até aos limites do fígado, de Fernando Pessoa: a arte, dolorosa e triste, de ser moderno em Portugal.» Jorge de Sena)
1 comentário:
O tema das "cousas...mudaves" é muito da época,veja-se o Camões com o "Mundo composto de mudança".etc. Nesse tempo,a mudança inspirava temor,receio,do que hoje chamaríamos de instabilidade. Mas no nosso actual tempo não é precisamente a mudança que faz falta e a permanência que assusta?
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