28.9.10

LÓGICA


Wittgenstein não tinha meramente génio ou o sentido do dever do génio. Tinha dinheiro, era meticuloso e não suportava chatos: estúpidos ou intelectuais. Dava-se ao luxo de deambular, num "silêncio agitado" como um "animal selvagem", três horas seguidas diante de um Bertrand Russell perplexo e apaixonado por uma sujeita com um nome improvável (Ottoline), discorrendo. «É sobre lógica ou sobre os seus pecados que está para aí a falar?», perguntou-lhe o outro. «É sobre as duas coisas.» E com isto acordei. Tem lógica.

1 comentário:

Daniel Gonçalves disse...

Wittgenstein, para além de génio, tinha um espírito profundamente irascível, uma vez teve uma violenta discussão com Karl Popper, e de atiçador na mão as coisas não chegaram mais longe porque estavam outras pessoas na sala.