19.9.10

PEQUENINOS, EM SUMA


Pergunta um leitor: «Onde estão as «elites» académicas, cientificas, politicas, empresariais ou sociais que seria suposto que esta «democracia» tivesse criado? Estão ainda nas «gavetas» ou nos «armários»?» Não, prezado leitor. Dividem-se pelos tagarelas de serviço. Porque não existe em Portugal essa coisa nobre chamada independência de espírito. Entre nós é tudo aconchegado. Pequeninos, em suma.

15 comentários:

joshua disse...

E às vezes a cama é pequena para todos os que nela dormem.

floribundus disse...

o país foi ocupado pelos incompetentes da politica.

não há lugar para gente séria que pretende o progresso do rectângulo.
estes imbecis liquidaram a minha vida profissional.
espero que o emigrante D. Sebastião I não regresse para não ter desilusões.

meio rectângulo trabalha e paga impostos para a outra metade, na sua maioria constituida pela comissão liquidatária.

os comentários do prof Marcelo foram arrazadores. cheirava a fim de festa e inicio de funeral.

Anónimo disse...

A Independência de espírito é uma coisa difícil de obter; e de suportar também. Toda a gente quer - num determinado momento da vida - qualquer espécia de "independência". Primeiro é preciso saber que "espécie" se deseja de facto; e porquê. Ela é desejada porque (os jovens assim julgam pensando só no dinheiro) trás liberdade. Nada mais falso. A independência é um sítio a que se chega e que se conquista. E nenhum percurso é repetível para lá chegar; não há receita. Ela é um resultado. A liberdade é uma ferramenta; apenas uma das várias usadas para chegar à independência. O arriscado ou desagradável pode justamente estar em usar essa iberdade. Em literatura, em política, na moral, na fé, em música, em engenharia, em arquitectura, em economia e finança, nos negócios, no artesanato de potes; o grande perigo e o grande risco é usar a liberdade que nos torna sós imediatamente, e que nos torna suspeitos à maioria (sempre tão segura dos seus erros e confortável em padrões conhecidos). Suportar essa pressão constante e essa hostilidade que nos rejeita não é para todos. Os que "conseguem" viver assim, tornam-se independentes - o que não é o mesmo que bem-sucedido.
Trabalhar para os políticos (o estado...), depender dos políticos e "do que vão dizer de nós" tolhe qualquer um. Em Portugal quase não existem eleitores (cidadãos) independentes; todos votam a pensar no seu frigorífico e no filho, que é estúpido e preguiçoso; e na mulher, que é secretária do sr. dr. do PS, ou do PSD, ou da autarquia, ou da empresa que recebe encomenda do estado. O resultado está à vista. A independência é um perigo incontornável e uma existência incerta e incómoda. As elites fazem-se a si próprias e a pulso, enfrentando com mérito tudo e todos com obstinação; e não com lâmpadas de aviário sobre a cabeça tranquila.

Ass.: Besta Imunda

Mani Pulite disse...

PIOR QUE OS DOIS PATETAS SÓ MESMO O MARTELO VERBORREIA.

Anónimo disse...

Vivemos numa escura e sinistra época em que de facto "o rico" vive resguardado e livre de vingança ou justiça. Usando a figura do Preboste, tão cara ao Dr. Gonçalves, é preciso dizer com brutalidade que os poderosos do passado (e não tão distante assim) viviam muito melhor que os brutos do povo; mas corriam quase tantos riscos como estes últimos: sitiados nas suas torres e dentro das suas muralhas, todos sabiam os seus nomes, como eram os seus rostos e onde moravam. Em época de fome e más colheitas morriam uma semana mais tarde, mas morriam; em época de peste morriam ao mesmo tempo; em caso de revolta não tinham hipóteses contra a turba vociferante que agitava ferozmente chuços - e eram despedaçados. Elites. Cavaco, Guterres, Barroso, sócrates; e respectivos mamadores de fundos: riscos mínimos, e benefício máximo. Consequências nulas. Impunidade total. Nem D. Carlo Jesualdo (séc. XVI) escapou à prisão domiciliária para toda a vida e às penas eternas da alma.

Ass.: Besta Imunda

Manuel Brás disse...

Este Portugal dos...

No aconchego do doce lar
ou à sombra das bananeiras,
surgem-nos para tagarelar
com tão pestilentas peneiras.

Esse padrão bem conhecido
em que reina a estupidez
é por muitos enaltecido
pois tal é a sua cupidez!

Miguel Dias disse...

Onde estão as «elites»?
Uma parte dela estava, hoje, num camarote no estádio de futebol, outra parte da elite estava numa qualquer reunião "secreta" numa sede partidária a preparar qualquer conspiração para tramar o elemento fraco do aparelho político ou a Oposição. A restante a fazer qualquer coisa pouca edificante do ponto de vista académico, científico ou cultural.

Anónimo disse...

Ai Besta Imunda
se eu pudesse e você quisesse
podiamos ser felizes...
gosto de Lâmpadas mas não de aviário

galinha sem cabeça

Ana Cristina Leonardo disse...

Entre nós é tudo aconchegado

é muito bom

Anónimo disse...

Mas como pode um povo destes produzir elites?
Concordo em absoluto com o comentário anterior!

Anónimo disse...

Existem elite sim senhor...mas :

-não estão na praça pública;
-foram desprezados pela classe política;
-preocupam-se é tratar da sua vida, visto que lhes cortaram os "pés" precocemente quanto quiseram por em causa o status quo das "boas famílias" (os "bi-dons");
-estão fora de Portugal a criar riqueza alheia, pois aqui só se cria betão vazio de ideias e ideias cheias de betão

Anónimo disse...

Uma elite, para existir, não tem de "estar no poder", não tem de ter nome e nº de contribuinte, não tem de ter nº de telefone e sede na Rua x; e não tem forçosamente de auferir ordenado de elite. Podem ser (e são...) pessoas mais ou menos dispersas. Mas de alguma maneira a sua existência tem de ser conhecida ou "adivinhada" (sentida pelas pessoas); uma boa maneira de isto ser tudo perceptível é essa gente ter glândulas exócrinas suficientemente grandes para se manifestar sempre que considerar necessário. E assim se poderá chegar a uma noção "de corpo"; e de existência de elite. Quando a "elite" passa a tratar exclusivamente da sua vida e "à clandestinidade" deixa de ser elite. O que não se conhece, e o que não é falado, não existe para o mundo. É espantoso que não se fale abertamente de indústria e produção de riqueza nas "TV's Económicas"; quase todos os doutos convidados desses programas se calam com força (e vergonha...) sobre a questão. Há mais de 15 anos ouvi já não sei quem (um tipo que foi certamente ignorado) dizer: "algo está profundamente errado e pervertido quando a principal indústria de um país (da europa) é a costrução civil", a longa distância de todas as outras (que estavam a definhar). Esta noção ainda hoje não é devidamente ventilada. E as "elites" não falam dela. Até porque nunca saíram dos seus gabinetes.

Ass.: Besta Imunda

Anónimo disse...

A Escola Publica existe para normalizar e destruir os melhores. Só assim é que a Esquerda mantém o poder.

Os Portugueses não têm competência diz a Esquerda para escolher a escola dos filhos, o hospital ou gerir as suas pensões logo como raio iriam ter sucesso a criar empresas?

lucklucky

Isaac Baulot disse...

Um representante dessas elites, professor universitário, doutorado em Direito, colunista de jornais, comentador de televisão, está aqui:
http://blasfemias.net/2010/09/19/o-melhor-apelo/

Anónimo disse...

As Elites, onde estao? Como sempre, nos bastidores, a puxar os cordelinhos da Economia e a fazer dancar os contribuintes. As outras - que se julgam Elites - nao passam de corifeus do alto dos seus coturnos de altura variavel.
Carlos F