8.5.10

SUSPENSÃO BETONEIRA


Numa breve descida à terra - certamente motivada por alguns avisados recados recebidos em Bruxelas e, cá, por banqueiros como o influente Salgado - Sócrates adiou duas das suas maiores obsessões betoneiras, o aeroporto e a terceira ponte do Tejo. A assinada hoje pelo dr. Mendonça, na ausência do ministro das finanças (foi lá o ajudante do tesouro), arrisca-se a ficar pela meia-dose por força das circunstâncias. Mas isso é irrelevante para os que estavam do outro lado do contrato celebrado em nome dos contribuintes portugueses. A partir de agora, aqueles já têm direito à sua indemnizaçãozinha não vá o diabo tecê-las. E esse extraordinário especialista em economia que é Alegre, o novo padroeiro poético das cimenteiras, certamente aconselhado pelo profeta Louçã, já pode dormir mais descansado. Às vezes, até um tipo como Sócrates, não merecia estar rodeado por tantos parvalhões.

5 comentários:

Anónimo disse...

Ontem na SICN esteve aquele par da comunicação social que a gente sabe, a "explicar" aos espectadores que o TGV é quase de graça porque a União paga uma parte. Ainda esperei que a jornalista lhes perguntasse se sabiam o que era um elefante branco ou, noutras palavras, quais seriam as despesas e o prejuízo diário de manter o animal com rodas de pé.

De nihilo nihil disse...

O nosso líder é extremamente culto como provam as suas habilitações e curriculum profissional. Inteligente porque sabe como contornar obstáculos, ultrapassar adversidades assim como rodear-se de pessoas igualmente hábeis e conhecedoras. Humilde porque reconhece facilmente os erros e corrige-os sem qualquer pudor. Simpático porque mostra sempre um semblante com um sorriso sincero. Justo porque ajuda os mais necessitados e repreende com veemência os corruptos e desonestos. Saudável porque faz valer a cultura física e reprime o uso de bebidas alcoólicas e tabaco, sobretudo em aviões.
Somos um país com sorte.

Antonio Coutinho Coelho disse...

É claro que todos compreendemos que para o ego de Sócrates que a todo o custo tinha de deixar uma obra de regime, tinha imperiosamente de fazer o TGV para Madrid!É humanamente compreensível. Um provinciano, metido a politico de Lisboa, com diploma de engenheiro conseguido manhosamente através de amigos devidamente colocados, militando no partido certo, o da situação, depois de um pequeno engano à partida, quando palermamente, se inscreveu no PSD, tinha de , forçosamente, deixar obra com o seu nome!O TGV!E logo para Madrid, a capital da Ibéria!Temos todos de compreender e pagar a factura respectiva, ou com aumento de impostos ou com diminuição de prestações sociais. É um sacrifício que se justifica. Um nosso concidadão precisa de protagonismo e vindo de baixo como ele veio e atingindo o topo, tudo merece!Se temos de nos sacrificar é por uma boa causa.

Anónimo disse...

Mais um contrapeso para a Refer? Ou vai lá meter o super gestor Mexia?

Anónimo disse...

Gostei da sugestão de outro comentador de colocar o super gestor Mexia (com toda a sua equipa de lacaios, claro) a gerir o TGV. É que vai ser preciso um portento da gestão para resolver a questãozinha do transporte dos banhistas espanhóis do Poceirão até à Costa de Caparica ou o Guincho, para cumprir o desígnio deste "menistro" das obras que é uma autêntico papagaio sem penas...

É que a linha contratada é Poceirão-Caia, onde liga à rede espanhola... A ponte e etc. foi adiada pelo palhaço, o dito cujo.

PC