Pensava-se que, ao escolherem este ou aquela para ser membro do governo ou para dirigir organismos públicos, estavam a pensar, à partida, em "gestão eficiente". Por causa do que aconteceu há três semanas e à Judite de Sousa há uma, segundo esse enorme líder mundial vagamente espanholizado que é Sócrates, os membros dos governos europeus desataram a poupar nos rendimentos dos outros, na água, na luz e nas flores artificiais. E alguns, mais sofisticados como a nossa adorável Ana Jorge, lembraram-se da tal "gestão eficiente". O PS que ela representa no governo está no poder há quinze anos e não há praticamente ninguém a gerir nada que seja público que não pertença à seita ou que não declare piedosamente lhe pertencer. Vir neste momento com demagogia estilo "365 dias de trabalho para a nação" é apenas mais uma prega no sudário. Tivessem pensado nisso antes. Agora é tarde.
6 comentários:
Também a chamada "direita" acordou, há pouco, para o desperdício, para a fraude e o supérfulo. Além de episódicas e tímidas referências de Portas ao abuso e excessos no rendimento mínimo - em campanhas e ocasiões estratégicas - nada foi ou é dito acerca disto. Eis que de súbito o país da direita e até reduzidas partes do país da esquerda descobrem o desperdício e a fraude. Como se tivessem aparecido ontem. Passaram propositadamente o resto do tempo a dormir. É chato falar na coisa, incomodar o povaréu, espantar eleitores, acordar moscas; todos estes ilustres senhores acomodados na rotinazinha de ir picar ou mandar picar o ponto a S. Bento, colher o ordenado, a ajuda de custo, viver a vidinha. Depois um dia mostram serviço, acordam, tomam todos por burlões e todos ameaçam com fiscalizações, sanções, reduções, verificações etc. Sem que resolvam de vez a fraude, o cigano traficante de droga que recebe o rendimento, o viciado em prestações, o especialista em atestados, o desocupado deliberado e o coleccionador de cheques da SS; estes vígaros permanecerão. Outros serão incomodados. Bravo.
Ass.: Besta Imunda
A minha nação é cada vez mais a Galiza.
As medidas da Ana Jorge são pífias, cobardes e ridículas, sem a mínima hipótese de sucesso.
Não há em Portugal jornalistas capazes de denunciar que elas assim o são. Nem sequer oposição. Também ninguém, daqui a uns meses, fará uma análise séria aos resultados destas medidas.
Se nos outros sectores for como na saúde bem pode avançar já o FMI.
À parte as "fracturâncias" que me dão vómitos, o que mais me impressiona no PS é a sua relação com as finanças dos portugueses. Parecem adolescentes filhos de pais novo-ricos (à pala do facilitismo político-partidário) que não sabem lidar com o dinheiro porque ignoram o seu árduo custo e o seu valor.
É muito bonito ser "socialista" e "republicano" com o dinheiro que se deve aos outros ou com os impostos que agora nos afogam a todos.
É um partido da bancarrota. O diabo que o carregue para todo o sempre.
Ao anónimo das 3.01:
Não parecem adolescentes, SÃO adoldescentes, com o patético da brevidade que não se reconhece breve. Apenas não são filhos de novos-ricos: novos ricos eram os vizinhos deles bem instalados na vida. Para estes ficou a gula e o ressentimento, ambos coisas insaciáveis.
«uma prega no sudário» ou um prego no caixão?
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