Já ninguém se lembra, mas por muito menos "trapalhadas" - o famoso «vocês sabem porquê» de Sampaio que ainda hoje não sabemos rigorosamente porquê - Santana Lopes foi varrido do governo. Na SICN, Lopes deu boas ideias ao país. Falou de ruptura, da necessidade de uma intervenção presidencial e, com coragem, que já não se pode ouvir o 1º ministro. Falou num governo de iniciativa presidencial que, até, inclua o PC. Como presidencialista, só posso aplaudir Santana Lopes. Nesta altura do campeonato, o tolhimento belenense por causa da recandidatura é inaceitável e torna-o progressivamente cúmplice deste "Sócrates dos últimos dias". Cavaco tem agora uma oportunidade única de se erguer por cima da mediocridade política consensual à qual Passos Coelho famosamente deu uma mão bem mordida por aqueles a quem ele a estendeu. A Cavaco ser reeleito porque sim, não chega.
9 comentários:
Cavaco não quer nem deseja a «cadeira de Sidónio» ...
Brilhante... como sempre. Receio é que continuem a assobiar para o lado. Deu, pelo menos, para respirar fundo e receber algum ar fresco. Obrigado.
Nota: escrevi comentário igual no blogue pessoal de Pedro Santana Lopes.
Sobre um país enfarpado...
Com o tino assaz perdido
e por caminhos enganados,
assim seguirá confundido
com resultados enfunados.
São dolorosas as farpadas
de profunduras seculares,
quais complexidões ensopadas
de devaneios exemplares.
tenho pena de ver um povo eternamente sem instrução, civismo, orientação.
com esta gente, dependente de subsídios, não há remédio possível.
o PR conhece demasiado bem o atoleiro, para não dizer fossa, em que o rectângulo se transformou.
venha o fmi tutelar esta gentalha
"... Santana Lopes foi varrido do governo". Pois foi. Esse cobarde acto político aconteceu porque o parlapatão do Sampaio, que não tinha motivo algum para derrubar um governo ainda por cima com maioria, fê-lo por motivos obscuros, mas que afinal não são tão obscuros assim se pensarmos no que aconteceu a seguir à chefia do PS e que posteriormente deu lugar à perfeita aberração que acabou por lá 'aterrar' de pára-quedas (ainda hoje nem ele sabe como isso aconteceu...) há cinco anos (a ideia era mesmo essa), com os assombrosos resultados de governação - da qual fazem parte intrínseca carradas de mentiras e mega corrupções - que estão à vista. Agora esse parvalhão do Sampaio nada diz do descalabro em que se encontra o país. Agora é que ele devia falar para explicar a 'bela obra' que ajudou a fabricar, mas cala-se que nem um rato. Poltrão.
Parabéns Dr. Santana Lopes pela entrevista. Mas pecou, na minha humilde opinião, por ter sido demasiado brando com o Presidente. Ele também tem culpas no cartório e não poucas, pelo que lhe sucedeu em 2004.
Mais, o Presidente não toma uma atitude patriótica perante o lodaçal em que estamos atolados porque isso não lhe interessa a pensar na sua re-eleição. Portanto de patriota não tem nada. Ele está no Palácio de Belém como aqueles jarrões e potes de China azul: só servem para decorar, nem utilidade prática possuem dadas as dimensões e porque foram lá postos com essa específica finalidade: decorar os salões. Como ele.
Maria
Não percebo como possam existir ainda dúvidas de que Cavaco é cúmplice.
O país está na bancarrota, o PS com o colaboracionismo do PSD ainda quer mais dívida.
lucklucky
"Sócrates dos últimos dias": gostei desta. A criatura é tão insuportável mas tão insuportável que... que... já não se pode suportar.
Santana lopes é um politico que faz obra. Nao enche os bolsos como outros do partido. Pode gastar à parva, mas não gama.
E se fosse P. CML, ja tinhamos uma frank gehry,e outras obras idiotas e megalomanas, mas estam lá, feitas e de pé...alguem as havia de pagar, mas existiam.
f&v
João, concordo completamente com Pedro Santana Lopes.
O Presidente já devia ter agido e há muito tempo.
Neste momento, estamos (des)governados pela barbárie de uma "nova elite política" (PS + "novo PSD") com a cumplicidade disfarçada de parte do BE (ávida de poder estatista elitista) e do Presidente da República.
Está a ver que isto nunca aconteceria com um Rei?
O Rei nunca esqueceria o Povo que representa, seria sempre factor de unidade e moralização, de coesão social e territorial, de estabilidade e democracia.
Com o Rei, a questão do patriotismo nem se põe porque é o representante natural e legítimo de um Povo, e garante da sua soberania.
Esta "nova elite" de que Mário Soares é o mentor primeiro vendia-nos de olhos fechados na licitação global.
Vai uma apostinha?
Já estou como Medina Carreira: antes o FMI do que vermos o país vampirizado "aos bochechos" pelos "irmãos metralha" (magnífico cartoon do Cid, no Sol).
Um santo domingo para todos!
Ana
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