21.2.11

"SEM, SEM, SEM"


Num verso célebre de Paul Éluard lê-se: «La terre est bleue comme une orange". Sócrates, a falar do que quer que seja - e mesmo sem nunca ter lido Éluard, evidentemente -, segue este princípio literário surrealista que só serve a literatura e não a "realidade". Embandeirou em arco com a execução orçamental de Janeiro à qual faltam as "componentes" autarquias, regiões autónomas e, se não erro, a segurança social. Não louvar a quebra do défice - à conta de cortes salariais e da subida de impostos sem que, rigorosamente, a despesa tivesse descido - é, pois, "azedume". Os juros da dívida persistem aos níveis incomportáveis em que se encontram. Azedume ou lá fora ninguém comunga do optimismo irresponsável do homem porque lêem os relatórios até ao fim? A isto Sócrates responde com o seu extraordinário "plano tecnológico" que ganhou umas medalhas externas através de serviços públicos online. "Cem, cem, cem" (por cento), berrou a criatura perante os "lugares" alcançados graças aos aspectos considerados na avaliação. "Não foi 98% ou 99%", frisou não fosse alguém esquecer-se dos "cem". Todavia, a famosa realidade está a empurrar-nos, não para os cem da gritaria, mas para "sem" mesmo que a terra seja azul como uma laranja.

4 comentários:

Anónimo disse...

... e entretanto parece que já conseguiram "calar" o Prof. Medina Carreira na SIC, no programa de Mário Crespo.

Anónimo disse...

Na sic notícias, duas altas individualidades do sistema, um do ps outro do psd, quais Dupont e Dupond estão entretidas a discutir salários de gestores públicos. Fossem mas é trabalhar!

Anónimo disse...

O problema é que a nojice das televisões passam dias a impingir-nos, até ao enjoo, os resultados orçamentais o que, considerando o nível da populaça, é altamente nocivo.

Anónimo disse...

O dito cujo é uma maravilha... Não o enxotem, não! Que masi é preciso para dar com um trapo encharcado em m*rd* no focinho do gajo?

PC