16.2.11

AS ONDAS


Pela primeira vez em muitos anos temos um governador do Banco de Portugal que, aparentemente, não existe para tapar o sol com uma peneira. Apesar das peneiras que persistem e da realidade. «Entre os raros que ainda velam o fogo, a maioria isola-se nos seus túneis. Provavelmente, o menos que podemos dizer desta situação é, sem dúvida, que não se trata de uma época favorável às grandes sínteses. (Sloterdijk)» Parece que entretanto se anunciam ondas com dez metros na costa portuguesa. Umas quantas de trinta que engolissem isto de vez e não se perdia nada.

3 comentários:

Hermitage disse...

O TITANIQUE DO RATO

Quando um dia se escrever a história deste bocadito temporal a coisa não ficará distante disto.

1. O poder político abusou dos portugueses.

2. Os portugueses deixaram-se abusar, em nome de uma forma de governo chamado democratico.

3. Aquela democracia, era o governo da maioria, pela minoria.

4. A minoria era o governo mais quarenta mil empregados/funcionários do PS, no Estado, Administração, Ep's e tutti quanti, também chamados de boys.

5. Um boy inesquecível foi o Governador Constâncio, que em tempos passados, era gozado como o "remain constant", na sua única preocupação: cobrir o lugar às ordens do PM, até alcançar a sinecura na Europa.

6. O então PM abriu um novo capítulo no estudo da dogmática analitica do exercicio do poder, vertente de como o poder já não absoluto, corrompe absolutamente...

7. Estudiosos declararam naquela época que é possível, não governar, desgovernar, empobrecer, mesmo miserabilizar, descredibilizar, integrar o grupo da chacota das nações, e permanecer no poder, sem coronéis ao lado, sem maioria, mas apenas com meia dúzia de spin's e uns calaceiros (linguagem da época) atribuida a jornalistas de balanço conforme os dias, esquerda/direita.

8. De entre eles, salientam-se um ramiro valadão de saias e palco, mais conhecida pela fatinha. Um delgado parecido com o coito de segunda. O crespo também conhecido pelo tem-dias-de-ratio.

9. Alguns dizem que houve dias fascinantes. Mormente aqueles de solenidade em directo, por causa de 0,004 de crescimento das exportações. E jamais o poder foi tão parecido com um clube de futebol humilhado como naquela época era o sportingue.

10. Testemunhos admitem que também havia uma pessoa em Belém, mas chegam poucos ecos da acção que valha a pena.

11. No futuroo, dizem outros, escrever~se-à em glosa, o desastre e o que se soube de uma dinastia que ficou conhecida como "o tempo do titanique do rato".

12. De qualquer modo, Portugal tornou-se um case study, de como é possível um País tornar-se émulo, become sister nation, devenir jummellé, de um hospital psiquiátrico.

Gonçalo Correia disse...

Com o anterior (des)governador do Banco de Portugal (recuso-me a escrever o nome dele), muitas verdades eram escondidas em toneladas de horas de sonolência, além de falhar claramente na supervisão do sistema, como, por exemplo: cumprimento de regras no crédito à habitação. Sei do que escrevo pois participei em vários estudos da DECO, de âmbito nacional e internacional, sobre esta matéria. Hoje, o actual governador, Carlos Costa, foi lapidar: “Pode dizer-se que estamos em recessão económica.” Por isso, tiro-lhe o chapéu.

Anónimo disse...

Nota-se bem o desaparecimento das comunicações do BdP do antigo senhor, sempre a horas e no momento certo, quer para justificar posteriormente as palavras do Sr.Sócrates, quer para as adiantar, caso medidas duras tivessem que ser tomadas ou justificadas. Sem dúvida, governou aquela casa o PS por alguém do PS, não um Governador.