22.2.11

PREPARAÇÕES E EXPERIÊNCIAS


Vejo Pedro Santana Lopes muito preocupado com a falta de experiência e a "impreparação" de Passos Coelho. Em apenas alguns dias, sugeriu por duas vezes que Rui Rio, graças ao seu já longo desempenho autárquico, sempre seria, a título exemplificativo, "diferente". Sou insuspeito em relação a Passos (é o que há) mas parece-me que, salvo numa ou outra infelicidade de formulação, tem sido sensato. Não tem pressa o que quer dizer que talvez, e para variar dos derradeiros anos, esteja mesmo interessado em "preparar-se". Rio perdeu a sua oportunidade quando desistiu para Ferreira Leite depois de ter dito "sim" (para além disso não é certo que consiga "crescer" do Porto para o país). E Ferreira Leite passou como passou o próprio Lopes, tendo servido de pouca coisa a "experiência" de ambos na hora da verdade. Mal vai entretanto um partido que não consegue libertar-se da "síndrome trituradora interna" face a um opositor tenaz como Sócrates. E que persiste, pela voz "autorizada" de ilustres militantes, nos tirinhos de feira destinados ao pé.

11 comentários:

floribundus disse...

o lixo vem sempre à superficie.
coelho entra e sai da toca a pensar em si e não no país.
MFL era bem melhor, mas era mulher e competente.
para muito a competência não basta e «quem vem atravessa o Rio junto à Serra do Pilar»

Pedro Paiva disse...

O PSL teve a sua oportunidade e não foi capaz de a aproveitar!
Sendo alguém que não tivesse a oportunidade de ser 1.º ministro, até aceitava que dissesse "se fosse eu, fazia e acontecia...". No caso do PSL teve essa oportunidade e, independentemente das desculpas que possa haver, o facto é que não provou que fosse capaz. É complicado sentir que existe um conjunto de pessoas que, aparentemente, têm como objectivo o tiro ao líder do próprio partido!

Anónimo disse...

Na TVI o escritor reproduziu a mesma cassete, baseada na ideia circular de que a virgindade sofre de falta de experiência. Fica-se aterrado com o ódio que as pessoas têm ao silêncio.

Karocha disse...

E que tal, em vez de andarem a ver, quem governa o partido, governarem o Pais!

amendes disse...

PSLOPES sabe que politicamente "morreu"... a sua única maneira de prova de vida é inventar casos, criar polémica !!!
De outra forma ninguem dá por ele.

Anónimo disse...

O PSL é uma fonte de sabedoria inesgotável! Ele que é um líder nato como se viu na CM Lisboa e no Governo da República! Perdeu, para nosso mal, mais uma oportunidade para estar calado.

Carlos Medina Ribeiro disse...

Confesso que já não sei se PSL mantém (ou não) o cargo de vereador na CML para o qual milhares de lisboetas o elegeram.

Se sim (e se recebe o respectivo ordenado para o qual contribuo)... por onde anda?!

No meio do caos da cidade, da incompetência, da incúria e da insensibilidade da actual gestão autárquica, de que é que ele está à espera?
Ou será que ele tem consciência de que, naquilo que A.º Costa falha, ele, PSL, não fez melhor nem pior?

Carlos disse...

Dr João Gonçalves,bom dia.
Se me permite,quero dirigir-me ao PP que afirma que o Dr Santana Lopes teve a sua oportunidade e não aproveitou.
Isso não é verdade.O tempo que lhe deram,nem um fiel de armazém consegue arrumar o arquivo morto quanto mais planear qualquer coisa.
E é bom não esquecer que Sócrates aparece como consequência dessa falta de tempo.
Penso que Cavaco,Ferreira Leite,Veigas,Sampaio e quejandos deram um inestimável contributo para o desprestígio e o descrédito de Portugal entre as nações ao abrirem a porta a semelhante gente.
Lembro-me muito bem que,na altura,tudo era bom para Portugal menos o Santana Lopes tendo-se chegado ao ponto de até o Dias Loureiro elogiar o Sócrates.E o Dias Loureiro-há provas-sabe muito bem o que diz e ainda mais porque era Conselheiro de Estado,por escolha pessoal do Sr Presidente da República,Sua Excelência o senhor Professor,Aníbal Cavaco Silva.
Os portugueses irão pagar muito caro a carreira política de certas pessoas.
Melhores cumprimentos
Carlos Monteiro de Sousa

Hermitage disse...

A EMBALAGEM

PSL é o produto mais original da vida política portuguêsa.

Superaria Sá-Carneiro se um dia chegasse, ao Poder; poria a Figueira como destino número um de vilegiatura praial; Lisboa com orçamento de Paris seria uma coisa boa, com Ghery e discotecas no Terreiro do Paço.

Mas as TVI's do Jet-Set de trazer por casa, não brincam em serviço e, apesar de tudo ficar pelo caminho, não hesitaram.

Não se imagina Gordon Brown depois de corrido pelos eleitores aterrar semanalmente na casa dos britânicos a perorar sobre como fazer na vida política com acerto.

Seria fantástico, ter agora o Manuel Alegre a explicar na SIC como sair da crise, depois do echec presidencial.

Não lembraria ao diabo que o Durão Barroso viesse ter cátedra regular, tirocinando sobre como não desencaminhar um País por abandono de um PM, atraido por um lugar em Bruxelas às ordens da Merkel e do sarkozy.

Ou daqui a algum tempo imaginar Sócrates a discretear no Expresso sobre como evitar que um País caia na fossa, ou de como fazer para não permitir que os cidadãos comam o pão que o diabo amassou com mais e mais impostos, a caminho do empobrecimento geral.

É isto que PSL faz andando por aí.

E a palavra dó encaixa no quadro global, como verdadeiro passe-partout.

Em português mais terra-a-terra também se podia dizer, falta de vergonha, mas isso é produto raro como os stradivarius.

Numa democracia normal ainda se admitia, ir à luta no terreno onde foi derrotado, mas fazer pedagogia analitica em tudo o que é sitio, a que falta um módico de credibilidade, só mesmo como marca portuguêsa à galito de Barcelos.

E que dizer dos diálogos quer com os entrevistadores, quer com os interlocutores, como se lá por detrás eles não se lembrassem das peripécias santanistas, que levaram Sócrates ao poder, num mano-a-mano hipócrita do mais fino tricot de malha rota?...

Impagável Pedro, bom Homem, mas apenas um caso de boa embalagem; tal como Sócrates e na mesma prateleira do supermercado.

Assim Portugal tem estado e está entregue, com a plateia consumindo apática e estupidificada.

Opinar sobre PPCoelho nestas circunstâncias é do mais fino anedotário político.

Anónimo disse...

Juízinho, Dr. Gonçalves. Juízinho. Nada de desvarios. Esta democracia é só aparente e o senhor expõe-se demasiado.

Anónimo disse...

Ao Flops bem podiam recordar-lhe o que disse, num congresso qualquer (ao que julgo, em Mafra) sobre os que estavam sempre a criticar e a atacar a direcção eleita, um certo Santana Lopes.