Segundo o Público, o governo inventou até agora cerca de 70 grupos de trabalho, comissões, observatórios, grupos consultivos, uma coordenação nacional e "estruturas de missão" (gosto particularmente do "som" destas últimas) que envolvem à volta de seiscentas pessoas, umas funcionárias públicas e outras não. Guterres foi o campeão destas inutilidades que apenas servem para os respectivos membros ornamentarem o currículo e, em alguns casos, comporem a mensalidade. Na maior parte dos casos, senão em todos, o Estado tem organismos para fazer o que esta bonzaria eminentemente "reflexiva" faz ou deixa de fazer. Até existe um grupo de trabalho para a "promoção da bicicleta", uma comissão para "promover uma adequada conexão entre a justica e o desporto", outra para "reflectir" (sic) sobre a certificação florestal"ou para "definir claramente o conceito de voto em mobilidade". Ridículo? Aparentemente, sim. Mas, entre nós, nada obedece forçosamente à lógica, ao rigor ou ao bom senso. E, depois, diz-se que a Europa é que deve dar "os passos certos" sob pena de nos afundarmos apesar da bondade patriótica do governo (o "esforço") e das suas "medidas". Como se nós não andássemos há anos a fazer mais nada a não ser "passos em volta", com a devida vénia a Herberto Helder.
7 comentários:
De facto, é fodido!
E mais fodido ainda porque eu não sou convidado para estas coisas ;-) !!!
Tá mal...
Deve estar a falar de si. Aliás, atento o conteúdo a prosa, por que é que não aproveita as novas oprtunidades para limar a ordinarice da sua prosa?
Ouvi dizer que vão criar o Dia Nacional do orgasmo e outro das zonas húmidas.
Quem me dera que me dessem uma bolsa para investigar se não se podiam juntar num único.
Levado pelo link do acima "comentador" Coelho, cheguei à notícia de que a eminente "escritora" Lídia Jorge acaba de perpetrar novo "romance".
Não há, portanto, lugar a surpresas: estamos no reino da total bacoquice.
Eu, grupo de trabalho unipessoal a custo zero dou de bandeja sobre o eduquês:
A amplitude e consequências futuras de uma abordagem coxa do tema soluções de educação, reclama e merece um debate competente, sério e transparente para além da contabilidade caseira de cartaz e interesse obscuros da apertada e carreirista malha partidária. Medidas atabalhoadamente avulsas e apressadamente conjunturais não encaixam num sistema de ensino que se pretende produtivamente escorreito. Enquanto enviesadamente se entender que em cada legislatura, um governo, qualquer governo, pode tudo baralhar e dar de novo não se ataca a raiz do problema, e principalmente os mais jovens são indecorosamente sujeitos ao papel de cobaias nas mãos de rascas experimentadores de ocasião. O sistema educativo terá que ser visto como uma questão de regime, bem afinada para durar décadas sem sobressaltos. Assim, nem tempo temos para aferir resultados. Acontece que, a exemplo de muitas outras e diversificadas instituições, as escolas privadas podem prestar um serviço público. A realidade ensina, que perante a recorrente incapacidade e prepotência do Estado, em muitas áreas sociais como em muitos outros quadrantes, o contributo particular pode diversificar e contribuir sem que daí retire benefícios chocantemente indevidos. Por desgraça tem mesmo que se substituir aos inorgânicos órgãos do poder, como por exemplo quando a fome aperta. Até pode acontecer que o omnipresente e prepotente estado tema a demonstração comparada da eficiência e dos resultados. No que respeita á justiça da comparticipação do orçamento do País que todos somos, uma regra simples e bem calibrada basta. Abertura nos privados para acesso universal a todas as camadas sociais sem encargos adicionais para famílias abaixo de um determinado rendimento, e a partir do qual a classe dos bem instalados teria que abrir os cordões á bolsa. É tudo uma questão de forma e de fórmula. Em doses excessivas o Estado mata. Mas não se mate o Estado em obediência a interesses privados que muitas vezes os próprios agentes políticos na sombra representam.
Li esta agora:
Primeiro-ministro diz que «Europa já fez erros demais» e «Se a execução orçamental vier a revelar que são necessárias mais medidas, nós tomá-las-emos. Mas não é isso que mostra a execução orçamental de Janeiro».
Isto é de ficar a espumar de raiva!
Carlos Dias Nunes: tu sabes onde nasceu a Lidia Jorge??? Na terra do fenomeno...não não é Emtroncamento...foi em:
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