O meu amigo Antonio, de regresso, foi ler o Cesariny no SOL. A distancia, in situ, a coisa percebe-se melhor, sem PIDES:
"A Grécia foi um amor que eu tive com um moço. Ele depois foi para a tropa e escreveu-me uma carta que a PIDE leu. Ele ia indo parar a África por causa disso, porque dizia: "Não sei quando saio da tropa. Os nossos patrões, os americanos, é que devem saber". A PIDE pegou naquilo e meteu-o na cadeia. Mas a carta era também uma carta de amor, sabe? De maneira que era demasiado horroroso ter a PIDE na cama connosco. E assim começou a Roma: mais sexo do que amor."
11 comentários:
Portugal no seu melhor.
Não consigo por que é que os heterosesuais falam de tudo menos da sua intimidade ...o que é normal, a não ser que o assunto o exija! Os homosessuais têm de começar SEMPRE os seus artigos/conversas com a informação de qcom quem vão para a cama (ou para outro sítio qualquer...).
Mas que nos importa, a nós outros, com toda a gente vai para a cama????....
Não consigo ENTENDER...faltou esta palavra no meu comentário anterior..
Também escrevi mal HETEROSEXUAIS e HOMOSEXUAIS ---foi devido, talvez, à minha enorme INDIGNAÇÃO que me levou a escrever à pressa e...mal...Desculpem!!!
E se não fossem burros, hediondos comentadores, e percebessem o que interessa da transcrição?
O(a) anónimo(a) é que é BURRO(A) com certeza!!!
Quem lhe disse que não percebi "o que interessa da transcrição"????
Mas....fiz o comentário que me apeteceu, porque já estou farta de estar sempre a ser informada (sem querer!!) de quem vai para a cama com quem relativo aos homossexuais!!!
A senhora do comentário passou ao lado do Cesariny e o Cesariny, sem saber, passou por cima de si. A ninguém interessa a cama de ninguém. Mas talvez já interesse saber de um tempo que existiu e que desapareceu. Depois, o autor e pintor MCV vale um país pequeno-burguês inteirinho que ele, do alto dos seus 83 anos, sempre desprezou. Nos poemas, nas entrevistas, nas polémicas e nos urinóis. Ou a menina prefere a Heidi?
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
...
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
Mário Cesariny
... e falou!... sem segredos... ainda bem!
Pois Nanda, ainda bem que conseguiu por um final feliz nestes comentários. Então quando começam com erros ortográficos, e depois a seguir os vêm corrigir... É o contrário da poesia das coisas e o Cesariny, até foi poético a falar da sua Roma. É dele, não é sua, comentadora dos erros ortográficos, aflita e indignada. A sua é a Grécia, um tanto melhor, para si. Deixe fluir os sábios, mesmo que eles percebem de urinóis e nós, comuns mortais, não, de facto, não percebemos. Por isso ficamos especados com as Romas e desvairados com as Grécias. Mas já pensou que não é, nem nunca será capaz de articular daquela forma criativa sobre questões daquela natureza? São as razões das diferenças entre quem escreve erros ortográficos e fica muito aflito ou aflita, com esse pequeno rien e quem fala de si, com aquela grandiloquência. Até lá.
Os erros que se dão "ao correr da pena"...acontecem e emendam-se! O pior é quando se escreve MAL crente de que está correcto!! Isto sim, é ignorância!!
Oh Sr. JG: A Heidi não era gira??? Claro que não a prefere....
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