O inspector geral da administração interna, em entrevista ao Diário de Notícias, disse sentir-se "isolado e frustrado" porque o dr. António Costa não lhe passa cartão. Nem na recente ida a uma comissão parlamentar, o dr. Costa teve o cuidado de consultar o seu órgão externo de controlo da actividade policial e, a ele, preferiu a opinião do comandante-geral da GNR. Os números de "vítimas" que o senhor ministro apresentou, eram, por isso, totalmente desconhecidos do juiz Clemente Lima. Soube deles pela televisão. Como expliquei outro dia num "comentário" a um post, a IGAI - uma criação legislativa de Dias Loureiro para o putativo vice-procurador geral da República de Pinto Monteiro, Gomes Dias, o ainda auditor jurídico do MAI - só "brilhou" com as tutelas de Alberto Costa, Jorge Coelho, Fernando Gomes, Severiano Teixeira e Figueiredo Lopes. E com Rodrigues Maximiano como inspector-geral, que obteve destes sempre um apoio incondicional. Quando Maximiano se aposentou, o dr. Costa deixou a IGAI num limbo até pôr lá o juiz Clemente Lima. Pelos vistos, até este se queixa da falta de apoio político do ministro. Assim sendo, e conhecendo-se o "bom" e musculado feitio do dr. Costa ("deste" dr. Costa, e não do que eu conheci na primeira campanha presidencial de Mário Soares), a Clemente Lima - por si mesmo, ou por interposto ministro - não deverá restar muito mais tempo de "isolamento" e de "frustração".
Sem comentários:
Enviar um comentário