5.5.11

SEU NOME PACHECO NUMA LISBOA DESERTA COM FEIRA DO LIVRO


«É improvável, no entanto, que Luiz Pacheco achasse muita graça a esta Lisboa sem cafés, quase sem eléctricos, às montras todas iguais das livrarias todas iguais, aos cagalhões líricos que por aí andam, passeiam e triunfam, aos blogs e booktailers [sic] de inúmeras excrescências tibiamente respeitadas. Com todos os seus defeitos (e eram muitos), Luiz Pacheco não contribuiu para isto. Ainda bem.» (Vítor Silva Tavares, "Pacheco, editor-orquestra", in Luíz Pacheco Contraponto, p. 17, Biblioteca Nacional / D.Quixote, 2009

in Livros de Areia Editores

5 comentários:

floribundus disse...

a animação de rua devia ficar a cargo do zé sapatilhas
porque o 'zé faz falta' é uma desgraça como palhaço.

a cidade morreu. a baixa está deserta, mete medo. parque mayer faleceu de morte natural. o resto vai-se esboroando aos poucos.

aumentam os pedintes

Anónimo disse...

É improvavel que alguem ache graça a esta Lisboa de ciclovias cretinas e domingueiras,às artes de encomenda do partido com exposiçoes em Museus mortos, de pseudo-Artistas,e a uma televisaõ de papagaios com cenarios e separadores de estetica horrivel e peçonhenta.

O tal leitor disse...

Fico a matutar se o título do post é inspirado da maravilhosa frase "Son nom de Venise dans Calcuta désert",ou se é apenas coincidência. Se é coincidência,haverá inspiração transcendente da velha Duras. Pode esclarecer,dado que sempre pensei que neste país não mais do que meia dúzia de pessoas seriam sensiveis à magia do "India Song" e de Anne Marie Stretter.

João Gonçalves disse...

Tem toda a tazão, tal leitor. Foi justamente a pensar nos desertos da Duras que, na sua devastação pessoal, antecipou tudo isto.

O tal leitor disse...

Muito folgo em sabê-lo parte da meia-dúzia. Os desertos da Duras podiam ser muito povoados,como os nossos. Mas intimamente desertos. É por estas e por outras que venho ao seu blog,apesar de outras discordâncias. Mas fiquemos por agora na companhia da Anne Marie Stretter,dado que no outro dia,a propósito do Trovador,lhe referi obliquamente a outra mulher da minha vida,a condessa Livia Serpieri. E bastam-me essas duas.