Na maior decadência, entregue a um bando de arrivistas sem história nem grandeza, a Europa comemora-se hoje. Na realidade, pouco há para comemorar. A Europa, depois da unificação alemã, cresceu para Leste e o seu centro político revela-se pouco disposto a aturar a periferia. O euro está mais inseguro do que nunca. O "modelo" europeu é o Ken americano, o decano facial do multiculturalismo, do presentismo e da demagogia barata, o sr. Obama. Não existe a menor atracção pela cultura, pela crítica ou pela filosofia que constituiram precisamente o "caldo" da Europa. Impera a contabilidade e mandam os contabilistas, mesmo quando são políticos, e duas ou três figurinhas insignificantes inventadas pelo tratado de Lisboa. O "europês" desfaz-se às mãos dos pequenos nacionalismos emergentes e do seu próprio cabotinismo insolente. Estou com Kavafis. Os bárbaros sempre eram uma solução.
10 comentários:
Um texto que ele próprio a continuação da decadência Europeia.
E a decadência Europeia começou precisamente no desastre romântico que nos deu os movimentos românticos assassinos Comunista e Nazis e demais demagogos. Para tal acontecer foi necessário expulsar a Contabilidade da Cultura no pós-Renascimento.
Este é um texto de um demagogo ou de um romântico - a diferença é difícil de detectar- bastava olhar para ver que os contabilistas não mandam nada como se vê pelos enormes défices nos EUA, UK, Italia, França, Espanha, Grécia, Portugal etc...se mandassem tal nunca teria acontecido.
Aconselha-se o autor a ler um pouco de Fernando Pessoa.
A Contabilidade é Cultura. Os Demagogos não querem que o seja.
luckluckhy
Não sei o que é que V. (ainda) vem aqui fazer uma vez que os posts normalmente o incomodam tanto.
Acabo de ler a anedota do dia: o MP vai abrir inquérito às agências de rating!
«mandam os contabilistas, mesmo quando são políticos»
Preparava-me para um ponto de ordem, quando reli e retive o extracto acima.
Creio terem ambos razão, velho defeito meu. Costumo pensar que não servia para juiz.
A grande Insuficiência, creio (eu que já perdi a fé há muito)está na falta de Política (com verdadeiros políticos)
Logo,
nem contabilistas puros, nem contabilistas a ser políticos (de mercearia, sem ofensa para a classe)
"O lento desmoronar da Europa do pós guerra", no I, editorial.
Ou como viver, vivermos, com a decadência de uma civilização.
Ou será possível uma Política para isto: saber perder.
Ora com a qualidade dos 'artistas' que todos temos apreciado, que bom resultado será de esperar?
Drama, é que são os 'artistas' segregados das nossas brilhantes sociedades.
Onde para a Liderança?
A "europa" que esses tristes burrocratas comemoram "faleceu" em Nov 89 do sec. pretérito.
Seria de elementar caridade cristã informar as criaturas...
comemorações de sucesso:
falência do estado dito social
bancarrota
sopa dos pobres
jovens com fome
desempregados
neste preciso momento há gente a pedir na escada
Foi alguém que leu (entre outros) Berlin.
Tem alguma razão e, claro, não é parvo.
Para quem os proventos lhes caem do céu, a contabilidade não faz falta nenhuma.
Fernando Correia
É consolador o pânico que lavra nas hostes socretinas desde que o PSD divulgou o programa.
O tiro no pé do belo-horrível Ferro sobre o Estado Social é apenas um exemplo do que aí vem: os bestuntos chuchas estudam afanosamente novas bacoradas, uma vez que as usadas até ontem já deram o que tinham a dar.
E o país aguarda ansiosamente o produto de tanto labor por parte de quem, em seis anos, o conduziu ao esplendor da miséria.
Concordo em absoluto com o autor do blogue. De facto, como escreveu Cavafy e eu cito em epígrafe no meu blogue, "os bárbaros sempre eram uma solução".
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