«Sócrates não hesita perante os mais baixos processos polémicos, que provavelmente supõe uma prova do seu admirável talento. (...) Numa conferência qualquer, um espectador, Peter Villax, de resto um indivíduo bem-educado e calmo, resolveu declarar directamente ao primeiro-ministro que nem sempre "os seus actos (do primeiro-ministro) reflectiam as suas palavras". Sócrates, de cabeça perdida, respondeu a Villax que não lhe "reconhecia nenhuma autoridade moral" para o criticar. E proibiu mais perguntas. É este o homem em que muita gente se prepara para votar. Votará. Mas não vota num democrata.»
Vasco Pulido Valente, Público
Nota: O referido "democrata" anda a correr o país com autocarros que vão cheios de Lisboa a troco de um almocinho ou um lanche. A cena mostrada ontem pelas televisões, em Évora, foi eloquente. Cidadãos imigrantes foram exibidos como troféus de caça eleitoral sem o menor pudor. Alentejanos propriamente ditos, tirando meia dúzia de fanáticos arregimentados pela nódoa Capoulas, nem vê-los. Andar de cabeça perdida tem destas coisas entre o puramente ridículo e a mais repelente mistificação. Sócrates está transformado (e transtornado) numa personagem caricata de Fellini. E má.
6 comentários:
Escrevi, há pouco, o texto que segue, no meu Mural do Facebook. Curiosamente, chego aqui e vejo que não estou só na minha apreciação da situação. Outra coisa não seria de esperar, dado aquilo que aqui costumo ler. Já andei a vasculhar mais informação sobre a dita coisa e já cheguei à conclusão que a mesma não vai acabar bem. Se o objectivo é o "suicídio" colectivo, acho que fazem muito bem.
Não sei se os meus amigos "facebookeiros" já repararam que o "Menino de ouro" anda pelo país acompanhado por um séquito formado por imigrantes africanos, paquistaneses, indianos, líbios, etc., seduzidos por um prato de sopa e uma sandes, já que não votam. Tudo isto é de uma falta de respeito, o que já não nos surpreende, para com esses figurantes que arrebanharam e que andam a pastar e a mostrar como troféus, e para com os portugueses, pelo menos para com aqueles que têm princípios e a coluna direita, já que não rastejam como vermes. O que é que as organizações humanitárias e anti-racistas, bem como os outros partidos, têm para dizer relativamente a isto? A Frau Merkel que dita ordens para Portugal também não tem nada para dizer? Estou enojado!
Fernando
Tive a oportunidade de ver essa "cena" num dos canais da tv.
A questão poderia ser encarada com cortezia apesar da crítica justa. Mas não...Isto diz muito do dito cujo e daquilo que lhe vai na mente. Como no velho aforismo: "quem não te conhecer que te compre".
A "engenhocaria" da "claque" diz com a careta dos organizadores. Os da "claque" apenas "claque".
Há falta de argumentos válidos para apresentar, o grande canalha acusou PPC de ter insultado 500 000 portugueses que frequentaram as Novas Oportunidades, isto é, as Novas Mediocridades.
Embora já nada me surpreenda do que vem dos quadrilheiros do Rato, quando isto ouvi, fiquei com uma vontade enorme de dizer que o grande canalha além de aldrabão, o que justifica plenamente o epíteto que lhe dou, é cobarde.
PPC não fez mais do que afirmar, por palavras suas, o que muitos já o disseram de forma diferente. Quem teve oportunidade de assistir aos “episódios” do Plano Inclinado, sabe bem que os diversos convidados para esse programa tinham uma opinião completamente desfavorável em relação aos resultados da treta das Novas Mediocridades. Durante meses e meses não apareceu uma única voz concordante com a badalada valia desses estudos. Apenas foram feitos comentários absolutamente discordantes. Que aquilo não prestava.
Então, se de há muito as Novas Oportunidades vinham sendo criticadas, porque razão só agora resolveu falar? Por puro e nojento oportunismo político e por cobardia.
Por puro e nojento oportunismo político, porque, com tal procedimento, iria arrebanhar 500 000 votos para o socialismo de merda, de que é o principal merdeiro. Embora afirme continuamente que o PEC IV foi chumbado pela oposição, por PPC querer o poder, ele não pode desmentir (desmentir até pode, dado o aldrabão que é) que tem destas atitudes e outras ainda mais indecentes, que mostram o seu baixo moral, pelo apego que tem ao poder. Gosta de mandar e de pavonear a sua cretina vaidade pelos salões do poder.
E por cobardia, porque sabia que os primeiros críticos do aborto das Novas Mediocridades não se tinham formado na Independente. Eram pessoas com muitos conhecimentos e experiência mais que comprovada, que não convinha contrariar e, por isso, foi forçado a meter o rabinho entre as patas, perdão, entre as pernas. Ao defender também o aborto das Novas Mediocridades, fá-lo conscientemente por saber, melhor do que ninguém, como foi conseguida a licenciatura que diz ter.
Antes da abrilada, O ISE já estava em convulsão. Raro era o dia em que, ao fim da tarde, não se encontrassem portas deitadas abaixo, janela danificadas e vidros partidos por todo o lado. A esquerda reinava e era forte na destruição. Aconteceu até, em dado dia, a morte de um jovem aluno da Faculdade de Direito. E que estava ele lá fazer, perguntar-se-á? A estudar? Não. A estabelecer ou a ajudar à balbúrdia, como o partido a que estava ligado poderá esclarecer.
Inúmeras vezes, os alunos que trabalhavam, sentiam-se frustradas quando lá chegavam, ao depararem com as destruições que a esquerda tinha levado a cabo, com as RGA quase permanentes. Muitos alunos obtiveram as suas licenciaturas com passagens administrativas a muitas cadeiras. Na Independente não houve disso, o processo foi outro.
Quando vieram uns dinheiros da Europa para utilizar na formação, foi um forrobodó dos diabos. Muita gente meteu a mão no saco. Recordo que, por causa disso, uma central sindical e um seu dirigente chegaram a ver os seus nomes nos jornais. Frequentei alguns cursos dos que não eram remunerados. Profissional de escritório, fui a um curso, proporcionado pela empresa, sobre matéria de electricidade.
Já reformado, tomei conhecimento de cursos em que os formandos recebiam dinheiro por os frequentarem. Conheci mesmo uma pessoa que foi monitor num curso sobre fotografia para a indústria gráfica. O monitor recebia e os alunos também recebiam. Só que os alunos, a maior parte deles estudantes de medicina, de direito e de outras faculdades não punham os pés nas aulas, mas recebiam. Foi preciso obrigá-los a marcar ponto.
Já ouvi alguém afirmar que nalguns desses cursos existiu acordo entre monitores e alunos. Os alunos davam metade do que recebiam aos monitores e ficava tudo bem. Ninguém se magoava.
Os exemplos que acabo de citar mostram bem que neste país, no campo do ensino como em muitos outros campos, a porcaria, a golpada é sempre possível. O Professor Oliveira Salazar dizia, que um dos defeitos dos portugueses é quererem ter tudo sem terem de despender o esforço necessário para o obter. Não querem estudar, para querem um canudo.
Se o grande canalha está seguro que o aborto das Novas Mediocridades deu a quem as frequentou os conhecimentos que é possível obter durante 12 anos de frequência duma escola pública, faça a experiência da realização de exames sobre as diversas matérias dadas nesses anos, àqueles a quem entregou diplomas. Escusado será dizer que, para a realização de tal experiência os diplomados e os professores não podem ser escolhidos por ninguém da quadrilha ou ligado à quadrilha do Rato. Porque é sobejamente conhecida a razão pela qual os gatos têm horror à água fria….
Estive na Praça do Giraldo (aliás, escrevi sobre isso no 31 da Armada). Estavam entre seiscentas a oitocentas pessoas. No Rossio, contei oito autocarros (que trouxeram gente de fora). Mas havia mais, espalhados pelos parques contíguos à muralha. Como diria Guterres, é fazer as contas. Ou seja, se não fossem os «forasteiros», tinha sido um fiasco.
Carlos do Carmo Carapinha
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