18.5.11

«DEFESA DE DOMINIQUE STRAUSS-KAHN»


«Je ne sais pas – mais cela, en revanche, il serait bon que l’on puisse le savoir sans tarder – comment une femme de chambre aurait pu s’introduire seule, contrairement aux usages qui, dans la plupart des grands hôtels new-yorkais, prévoient des « brigades de ménage » composées de deux personnes, dans la chambre d’un des personnages les plus surveillés de la planète. Et je veux pas non plus entrer dans les considérations de basse psychologie – comme on dit basse police – qui, prétendant pénétrer dans la tête de l’intéressé et observant, par exemple, que le numéro de la fameuse chambre (2806) correspondait à la date (28.06) de l’ouverture des primaires socialistes dont il est l’incontestable favori, concluent à un acte manqué, un lapsus suicidaire, patati, patata. Ce que je sais c’est que rien au monde n’autorise à ce qu’un homme soit ainsi jeté aux chiens. Ce que je sais c’est que rien, aucun soupçon, car je rappelle que l’on ne parle, à l’heure où j’écris ces lignes, que de soupçons, ne permet que le monde entier soit invité à se repaître, ce matin, du spectacle de sa silhouette menottée, brouillée par 30 heures de garde à vue, encore fière. Ce que je sais c’est que rien, aucune loi au monde, ne devrait permettre qu’une autre femme, sa femme, admirable d’amour et de courage, soit, elle aussi, exposée aux salaceries d’une Opinion ivre de storytelling et d’on ne sait quelle obscure vengeance. Et ce que je sais, encore, c’est que le Strauss-Kahn que je connais, le Strauss-Kahn dont je suis l’ami depuis vingt cinq ans et dont je resterai l’ami, ne ressemble pas au monstre, à la bête insatiable et maléfique, à l’homme des cavernes, que l’on nous décrit désormais un peu partout : séducteur, sûrement ; charmeur, ami des femmes et, d’abord, de la sienne, naturellement ; mais ce personnage brutal et violent, cet animal sauvage, ce primate, bien évidemment non, c’est absurde. J’en veux, ce matin, au juge américain qui, en le livrant à la foule des chasseurs d’images qui attendaient devant le commissariat de Harlem, a fait semblant de penser qu’il était un justiciable comme un autre. J’en veux à un système judiciaire que l’on appelle pudiquement « accusatoire » pour dire que n’importe quel quidam peut venir accuser n’importe quel autre de n’importe quel crime – ce sera à l’accusé de démontrer que l’accusation était mensongère, sans fondement. J’en veux à cette presse tabloïd new-yorkaise, honte de la profession, qui, sans la moindre précaution, avant d’avoir procédé à la moindre vérification, a dépeint Dominique Strauss-Kahn comme un malade, un pervers, presque un serial killer, un gibier de psychiatrie. J’en veux, en France, à tous ceux qui se sont jetés sur l’occasion pour régler leurs comptes ou faire avancer leurs petites affaires. J’en veux aux commentateurs, politologues et autres seconds couteaux d’une classe politique exaltée par sa divine surprise qui, sans décence, ont, tout de suite, dès la première seconde, bavé leur de Profundis en commençant de parler de « redistribution des cartes », de « nouvelle donne » au sein de ceci et de cela, j’arrête, car cela donne la nausée. J’en veux, car il faut quand même en nommer un, au député Bernard Debré fustigeant, lui, carrément, un homme « peu recommandable » qui « se vautre dans le sexe » et se conduit, depuis longtemps, comme en « misérable ». J’en veux à tous ceux qui accueillent avec complaisance le témoignage de cette autre jeune femme, française celle-là, qui prétend avoir été victime d’une tentative de viol du même genre ; qui s’est tue pendant huit ans ; mais qui, sentant l’aubaine, ressort son vieux dossier et vient le vendre sur les plateaux télé. Et puis je suis consterné, bien sûr, par la portée politique de l’événement (...). La France dont il est, depuis tant d’années, l’un des serviteurs les plus dévoués et les plus compétents. Et puis l’Europe, pour ne pas dire le monde, qui lui doit d’avoir, depuis quatre ans, à la tête du FMI, contribué à éviter le pire. Il y avait, d’un côté, les ultra libéraux purs et durs ; les partisans de plans de rigueur sans modulations ni nuances – et vous aviez, de l’autre, ceux qui, Dominique Strauss-Kahn en tête, avaient commencé de mettre en œuvre des règles du jeu moins clémentes aux puissants, plus favorables aux nations prolétaires et, au sein de celles-ci, aux plus fragiles et aux plus démunis. Son arrestation survient à quelques heures de la rencontre où il allait plaider, face à une chancelière allemande plus orthodoxe, la cause d’un pays, la Grèce, qu’il croyait pouvoir remettre en ordre sans, pour autant, le mettre à genoux. Sa défaite serait aussi celle de cette grande cause. Ce serait un désastre pour toute cette part de l’Europe et du monde que le FMI, sous sa houlette, et pour la première fois dans son histoire, n’entendait pas sacrifier aux intérêts supérieurs de la Finance. Et, là, pour le coup, ce serait un signe terrible.»
Bernard-Henri Lévy

14 comentários:

Anónimo disse...

O Sr Khan negou os factos, agora diz que foi com consentimento. Uma armadilha e ele caiu bem graças ao perfil moral sério que tem.

Parabéns à prima

João Gonçalves disse...

Anónimo.. é Kahn, e, sim, ele negou a acusação, obviamente. Nela não vinha lá consentimento algum se não nem sequer havia acusação nem nada, percebe? O que ele quer dizer é que aaquelas alegações não fazem sentido. Não negou não ter feito nada.

MINA disse...

Não simpatizo muito com BHL mas concedo que se trata de um texto excepcional. Não só do ponto de vista humano mas igualmente político. A sua prisão (de DSK) impossibilitou o encontro com a camionista lésbica de Berlim, dificultando assim uma resolução mais conveniente da situação financeira grega. É certo que a Grécia prevaricou nas suas contas mas também é verdade que é ela a nossa mãe espiritual e que todos devemos alguma consideração especial às nossas mães.

E, depois, toda esta história está muito mal contada.

Também não acredito na justiça americana, que ainda anda à procura do verdadeiro assassino de J.F. Kennedy.

A criação dos EUA foi um dos actos mais estúpidos da história da humanidade.

Cáustico disse...

Continuo na minha. Correria tanta tinta se o pseudo-violador fosse um pedreiro?
Naturalmente que não. É o que a experiência me diz.
E com tal actuação, como querem endireitar o mundo?

Fernanda Valente disse...

«J’en veux, ce matin, au juge américain qui, en le livrant à la foule des chasseurs d’images qui attendaient devant le commissariat de Harlem, a fait semblant de penser qu’il était un justiciable comme un autre.»

Talvez que o facto de a deliberação de prisão preventiva ter sido feita por uma juiza tenha contribuído para essa decisão tão drástica. A justiça americana quer ficar nos anais da história como um exemplo a seguir de moralidade, aqui, aliás, bastante discutível; não por se tratar, a meu ver, de uma figura de topo inscrita nos circulos da política económica internacional, mas, pelo facto de abordar um episódio hoje em dia bastante comum sempre que configurada a figura da extorsão, quer por via de dinheiro ou favores, subentendendo-se neste caso os políticos.

Anónimo disse...

DSK um dos homens mais vigiados do planeta ? Provavelmente sim ,mas recordemos Mónica Levinsky e Clinton. O Presidente dos EUA se-lo-ía porventura menos do que ele ? E no entanto em plena Sala Oval aconteceu o que se sabe .Ele,Clinton ,sofreu um processo de impeachment movido pela direita repúblicana e DSK também não terá dos seus aversários politicos a menor complacencia .São as regras do jogo e ,como dizem os Americanos , quem não aguentar o calor que saia da cozinha .
manuel.m

Anónimo disse...

O país das "lettres de cachet" e do "affaire Dreyfus" nunca compreenderá o funcionamento do poder judicial numa democracia.
Quanto à defesa do Lecy, bem, ele é amigo do Strauss e os nossos amigos, as mulheres dos nossos amigos, os amigos dos nossos amigos, os filhos dos nossos amigos, nós próprios, já se sabe, as acusações são sempre injustas, caem ao lado do que somos. Ou então foi a tragédia, um acto tresloucado, etc. Em Portugal, quando acontece um desses malheurs, temos umas senhoras que pedem provas suplementares e a lei, muito evoluída, permite que haja quem possa tranquilamente confessar um homicídio ao telefone sem ser importunado. Avanços desconhecidos nos USA.
Ah, e sobre o FMI não deixa de ser interessante (tirado do Blasfémias) http://gsorman.typepad.com/guy_sorman/2011/05/le-fmi-cette-grenouille.html

Anónimo disse...

http://jansenista.blogspot.com/2011/05/mais-completa-decadencia-moral.html

LUIS BARATA disse...

Vi, como todos devem ter visto, o DSK na audiência preliminar e continuo admirado como ele estava sem nenhuma marca, pelo menos no rosto. O que é obra, se tivermos em conta que a queixosa é uma matulona de 1,82m e ele não é nenhum Mike Tyson.

Wegie disse...

Deus morreu, Marx também e o Levy não está nada bem. Ele que se trate. E tu também.

Anónimo disse...

MAS qual moralidade...tá tudo grosso. Desde quando uma (alegada)Violação é um problema moral e não criminal.
O tratamento do DSK foi igual ao que teve o Renato Seabra e qq outro detido tem nos EUA...será que também no caso do Renato os EUA estão a "pregar" aos Europeus?

Desde quando um homicídio ou violação são um dilema moral?

Oh JG, quando o Renato ou qualquer outro pé rapado, recebeu o mm tratamento (algemas, uniforme prisional,...), publicou algum post a contestar. Se não o fez, pergunto porquê só agora?

Porque é que só os "nossos" ricos e famosos têm direito a esta defesa acérrima dos comentadores?

Sempre que é um desgraçado qualquer, conhece-mos logo a mãe, o pai. a história toda...os telejornais logo se esquecem dessa história da presunção de inocência e dão o "tipo" como se já tivesse sido condenado.
Quando é um dos nossos ricos, começasse logo com a presunção de inocência, o respeito pela vida privada, a cabala, o tratar o DSK como um violadorzeco qualquer...

Se algum dia eu, tiver problemas com a polícia será que também posso alegar cabala, ou isso é só argumento dos ricos e poderosos?


Cmps,

Bruno V.

Anónimo disse...

Faible défense de BHL pour son ami DSK. La défense d'une caste et des puissants,Bhl nie tout droit à la victime, pour lui, celle-ci n'existe pas.
Vient ensuite le débat outré sur les images et les photos vues sur les quotidiens européens.Mauvaise défense et en ce qui me concerne je le renvoi à ce article un peut long, que j'ose espérer vous publierez!

"La photo est dure. Elle montre le visage d'un homme marqué par l'épreuve. Mais il regarde l'objectif. Il est visiblement atteint mais faisant face aux photographes. C'est ce qui m'est venu à l'esprit quand, à New York, lundi matin 16 mai, j'ai vu cette photo, signée Craig Ruttle, de l'Associated Press, en "une" du New York Times.Ce cliché montrant Dominique Strauss-Kahn, patron du Fonds monétaire international (FMI) et grand favori de la présidentielle française, encadré par des policiers new-yorkais, vraisemblablement menotté, sortant, de nuit, de la Special Victims Unit d'Harlem ; cette photo terrifiante, irréelle mais vraie, était, bien avant la sortie du New York Times, diffusée dans le monde entier via Internet. Et au même moment, en France, ce lundi matin, on débattait dans les radios sur le thème habituel de : "Faut-il oui ou non publier ce genre d'image ?"

Au regard du droit français, la réponse est non. La loi sur la protection des personnes et sur la présomption d'innocence l'interdit. Au nom de l'information, la réponse est tout aussi claire : oui. Cette photo constitue un élément essentiel d'une information majeure concernant l'ensemble du public.

Alors faut-il braver le droit pour informer ce public ? La réponse de Polka, comme celle du Monde et de la plupart des journaux et magazines, dont Paris Match et Le Point, est : oui, il faut publier cette image. Cette photo n'accuse pas DSK ; c'est la justice américaine qui l'accuse. Cette photo n'humilie pas DSK ; c'est la police new-yorkaise qui l'exhibe. Cette photo ne désigne pas DSK comme coupable de "crime sexuel" ; c'est un juge du tribunal de New York qui, ce lundi 16 mai, décide de son maintien en prison.

Cette photo montre donc un fait, une vérité, dans ce cas précis un homme, un grand personnage, puissant, traité comme un inculpé ordinaire. Et cette photo laisse le lecteur qui la regarde décider, juger, réagir, estimer que l'atteinte à la présomption d'innocence, par le système judiciaire américain, est inadmissible ou normale. Cette photo est peut-être même l'"élément" essentiel au débat.

D'où cette réflexion : pourquoi aurait-on le droit de décrire avec des mots ce qui se passe ; et pourquoi n'aurait-on pas le droit de montrer avec des photos ce qui arrive ? En quoi les mots seraient-ils essentiels au débat démocratique et non les images ?

Quelle que soit l'issue de cette triste histoire, que DSK soit reconnu coupable ou finalement innocent, et malgré l'accablement qui a pu nous gagner quand l'affaire a éclaté, explosant sur la scène politique et, au-delà, dans toute la société française, cette photo devait être publiée. Elle montre, dans le regard d'un homme, comment un destin peut d'un seul coup basculer. Et le fait que le destin de Dominique Strauss-Kahn soit lié à celui de tout un pays est une raison suffisante pour ranger cette photo, après publication par la presse, dans l'album de l'histoire de France."
Par Alain Genestar, directeur de la publication de "Polka Magazine"


signé : un lecteur

Anónimo disse...

"A criação dos EUA foi um dos actos mais estúpidos da história da humanidade"

Ó MINA,vai-te queixar ao capitão do MAYFLOWER...sabes o que é?
Há cada uma...

Anónimo disse...

Ao identificar-se com eles,ao JG parece-lhe que pertence ao mesmo círculo!