A jornalista Fernanda Câncio - sem dúvida a pessoa mais indicada, dentro da redacção do DN, para escrever sobre igreja e religião - obrou uma prosa com este título: «uma igreja em confronto crescente com o governo socialista.» Se a Fernanda não fosse tão "isenta" na matéria, como nós sabemos que ela é, talvez o título pudesse ter sido escrito ao contrário. Ou isto serei eu a raciocinar como um perigoso beato reaccionário?
16 comentários:
O João Gonçalves racicina bem. Parabéns. È mesmo assim.
Obviamente que, em relação à nova Concordata a igreja tem razão. É urgente a sua regulamentação ou então não a tivessem criado, alterando apenas os conteúdos da Concordata de 1940 que estão ultrapassados.
DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA!
Valores milenares nos quais está alicereçada a nossa civilização.
Abandoná-los será caminhar para uma sociedade sem regras, sem espirito de comunidade e sem futuro, ou seja, o ideal de qualquer materialista “socialista”, mas no fundo, um “nicho de negócios” imediatos para o capitalismo selvagem.
a câncio é jornalista? não será antes uma inquisidora-mor dos bons costumes e princípios da folclórica república e laicidade? aliás, pensei que já tinha voltado para Marte. Bon voyage!
Simples macaquear zapaterista ou cumprimento de directivas mais,digamos,"abrangentes"?...
Em regra,na Península,isto tem acabado mal...
Há uns debates interessantes nos comentários do blogue 5 dias
Dos bons costumes e princípios?!
Quem Ela ou ele???
Agora fiquei confuso...
o DN tem uma tiragem de 36 mil exemplares/dia e muitos leitores estão mais preocupados coma bola e com os anúncios. estou admirado desta jornalista não ler os seus escritos na RTP1
Por uma questão de civismo e de educação, conheço de cor as orações ao "Pai Nosso" e "Ave Maria". Não tive a graça de ser iluminado pela doutrina da Fé. No entanto, o simples bom senso levaria normalmente os sehores da Situação, a ter muita atenção ao que pelo mundo se passa. À hora do café e em vez de espiolharem a transferência deste ou daquele genial chutador de bolas, bem podiam abrir um livrinho da antiga 4ªclasse e perceberem finalmente, sobre que bases assenta a nacionalidade portuguesa e já agora, para ser mais abrangente, toda a Europa. É que não se pode enfiar no mesmo saco a Igreja, os manás, os Helder's dos últimos dias, os caracóis do Mar Morto, os flagelantes de Al-Kuneitra, os bonzos de Xi-chi ou os fakirs de Jafanagapatão! Será que não percebem a grande diferença?
O primeiro-ministro decerto compreende.
A Igreja Católica em Portugal sempre foi e tem sido a espinha dorsal de imensas famílias carenciadas, substituindo-se muitas vezes ao Estado, que é laico. Não fosse a Igreja Católica os índices de pobreza em Portugal eram bem mais notórios, mas a atitude do Estado, laico, é de uma ingratidão descomunal.
pronto, lá está a sua amiga Fernanda a inquietar-lhe o espírito...
mas sim, o título dela está correcto. O laicismo, quando conduzido na prática, será sempre visto pela igreja como uma militância ateísta e como um mal a combater. Mas não creio que sirva de alguma coisa à igreja andar em galhardetes com o governo, este ou outro. A influência da igreja na sociedade é cada vez mais residual e este facto não se deve a putativas medidas políticas ou a decretos laicistas. A igreja deveria conformar-se com o facto de que na sociedade de hoje a religião é um caminho individual e que tal constitui um processo sem retorno. Não vale a pena barafustar contra uns sinistros e invisíveis "ateus militantes", atentem antes na indiferença do povo.
Passei a semana passada em Roma. Uns amigos meus quizeram Domingo ir "vêr o Papa". E lá se instalaram, como muitos milhares de crentes e curiosos, na Praça de S. Pedro à espera do ungido. Chegam as 12 horas e em vezde aparecer na janelinha apareceu em enormes ecrâs a acenar. Sua santidade pura e simplesmente desprezou aquelas ovelhas (muitas com grande sacrifício pessoal)cujo fim último da sua viagem era "vêr o papa". Parece que sua santidade estaria em Latrão e seria uma maçada interromper por 1 hora a sua leitura de martin heidegger.
E este pontifex maximus (tal como julio 2º e Alexandre 6º) quer tratamento de favor pelos palermas que sustentam aquela opulenta e ociosa côrte.
Amigo Gavião quer dizer que o Papa deveria estar numa vitrina para que os basbaques pudessem babar?
Talvez pôr uma moeda e o Papa espreitava na janelinha...
Realmente?!
Porque não foi à Disneylândia?
senhor pirata
Como poderia concluir do meu comentário eu não fui "ver o papa". Sou um cristão folklorico: só frequento casamentos, baptisados e funerais.
E já agora aconselho-o a vêr o crime do padre amaro. para além da soraia chaves ficaria a saber o que pensam os pastores (representanes de deus na terra, segundo eles) das suas ovelhas. Edificante.
Como ensinava Tertuliano, a Igreja não teme nem nunca temeu 'laicistas', 'ateístas' e outros minguados, apenas a ignorância, que é cada vez mais supina. Em bom rigor, assistimos ao triunfo dos recos.
O título até está correcto para o verdadeiro teor do texto, opinião. A mim parece-me especialmente interessante o rigor e precisão na identificação do "género" jornalístico (notícia, crónica, opinião, ...). Sabendo nós que a "jornalista" Câncio tem como outras preferências, além da denúncia do perigoso obstáculo católico ao evolucionismo social, perorar sobre a ética, deontologia e técnica na Comunicação Social, tendo também já aproveitado uma oportunidade (os comportamentos delinquentes no secundário) para informar o público que foi uma menina que nos anos 80 integrava uma "elite" que adquiria os "conhecimentos" fundamentais numa faculdade onde se exigia a extraordinária e exclusivista média de 14!
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