Em Lisboa, António Costa pensa em demolir a estação de Santa Apolónia e "urbanizar" o terreno ou transformá-la num "terminal para cruzeiros". Já em relação à Portela, o dr. Costa tencionava "ajardinar" a zona uma vez transferido o aeroporto para a (solução por ele desejada) Ota. Em Paris, manifestamente uma cidade periférica, as estações de comboio que foram encerradas deram lugar a museus e a restaurantes. Paris, no entanto, não teve a felicidade de ser dirigida por um visionário como Costa e consentiu numa coisa como, por exemplo, o Museu d' Orsay. Nós, lisboetas, fomos pelo contrário bafejados pela bem aventurança de possuirmos um presidente de câmara dado a jardins, urbanizações e cruzeiros, sem um tostão, porém disposto a rasurar a memória da cidade em nome da "modernidade". Os milhões gastos no alargamento da linha do Metro a Santa Apolónia não interessam nada. Vê-se mesmo que vive num condomínio fechado, fora daqui.
12 comentários:
-Os jardins fazem parte do pelouro do Zé! Costa faz-lhe um frete.
Errado, meu caro. António Costa defendeu o encerramento da linha até à Expo, convertendo-se a Gare do Oriente nisso mesmo (uma gare; algo que não é actualmente), e a reconversão da Estação de Santa Apolónia (sem demolir) numa gare marítima de cruzeiros. Isso evitaria construir um novo terminal à beira-rio, tal como a APL quer fazer.
Acho que esta ideia merece reflexão. Não me agrada muito a ideia de um terminal de cruzeiros em Santa Apolónia, nomeadamente por causa da volumetria dos navios actuais (equivalentes a prédios de 14-15 andares, por enquanto). Mas escasseiam as alternativas, além de que o centro histórico é a zona mais visitada da cidade (ie. pelos turistas) e este uso de Sta Apolónia sempre seria mais fácil de integrar na cidade.
Como disse, parece-me uma hipótese a ser estudada.
O que interessa é gastar guito.
Porque é que Lisboa tem os dois mais bonitos terminais de cruzeiros escondidos no meio de contentore?
o antónio deu politica mente "à costa". espero para Lisboa um lindo enterro laico e socialista
balde-de-cal
Demolir Santa Apolónia, a primeira estação de comboios do país. Estamos feitos.
Pedro Matias
Lisboa
Neste momento, tenho o passeio à minha porta atafulhado de carros (mal podendo entrar em casa!) e o lixo a transbordar dos contentores (e em seu redor). A caca de cão, já nem conta.
Um pouco mais abaixo, a passadeira para peões junto à Escola do Bairro de S. Miguel continua quase apagada, como estava antes de A. Costa incluir a sua pintura no topo das suas prioridades...
Mas é típico dos "grandes políticos" abalançarem-se a grandes projectos sem serem capazes de (ou se interessarem por) resolver os verdadeiros problemas que infernizam a vida do comum dos mortais.
Para criar museus é preciso que haja o que meter lá dentro. É esse o drama dos museus. É que não basta ter só espaço. Sinceramente não sei o que poderia ser metido dentro da enorme estação de Santa Apolónia: mais um colecção de irrelevâncias da arte portuguesa contemporânea? Uma colecção de loiça das caldas? As pavorosas esculturas do José Franco? Alguidares de plástico? Aceitam-se sugestões. Está a perceber a diferença entre Paris e Lisboa?
A confirmar-se mais esta asneirola, conclui-se tratar-se de uma patologia, esta mania de demolir tudo aquilo que tenha sido construído há mais de 50 anos. Lisboa será linda..., uma feérica Cacém à beira Tejo, recheada de condomínios fully equiped com jaccuzzi's. Fantástico, os turistas mal podem esperar para aqui desembarcarem.
"ACHO MUITO BEM" Destruam tudo. Stª. Apolónia a do Rossio e não se esqueçam da Sé e da Basilica da Estrela...
Por que motivo esta gente não tem estas ideias brilhantes para a sua própria casa?!
Já agora deitem abaixo também o Teatro São Carlos... assim com assim "aquilo" já está meio "demolido"....
Trata-se realmente de mais um eminente crime de lesa-Lisboa.
Como é possível ter-se estas ideias?
De onde veio esta gente?
Se o (Grande) Oriente (Lusitano) vai passar a ser a única Gare de entrada em Lisboa, como espera António Costa escoar os passageiros e mercadorias para o centro da cidade e arredores? Com uma única linha de metro? Com uma rede viária já suficientemente entupida por causa da especulação imobiliária, que trouxe para o Pq. das Nações centenas de milhares de pessoas?
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