Mal DSK se retirou da direcção do FMI, começou a corrida por causa da sua sucessão. Os EUA querem o cargo tal como a nomenclatura europeia centrada em Merkel e Sarkozy. Conviria à massa bruta perceber o seguinte. Nas negociações para o empréstimo doméstico, o FMI dirigido por Strauss-Kahn foi a entidade que melhor percebeu as "condições" da periferia portuguesa. De tal forma que fixou os juros da parte do empréstimo que é da sua responsabilidade bem abaixo dos usurários europeus de Bruxelas onde pontificam, aliás, duas "pérolas" pátrias, a saber, os drs. Barroso e Constâncio, uma espécie de amigos de Peniche sobretudo ao serviço deles. Nenhum putativo sucessor de Kahn, europeu (e, muito menos, americano) conseguirá devolver ao FMI o rasgo político que a organização alcançou sob a direcção do francês. A sua queda não podia ter sido mais a contento dos referidos abutres e péssima para nós. Vão ver.
10 comentários:
Sim,será o Apocalipse.
os eua estão falidos, assim como a Califórnia, Virginia e vários outros estados . o dólar prepara-se para desvalorizar até os credores dizerem bonda.
os Muçulmanos e emergentes não emprestam sem garantias da parte de quem está à frente do FMI.
a europa ainda conta menos que os eua.
às vezes quase desisto de perder tempo a ler certos artigos que não se enquadram na ditadura do politicamente correcto, já que estes não me interessam.
Hesíodo talvez pensasse que vai começar 'a idade do ouro'
vive-se em utopia ou 'lugar nenhum'
Concordo plenamente.
DSK, ao arrepio do lobi monetarista que prevalece nos EUA e da estratégia suicida europeia da responsabilidade da Srª Merkel, tinha uma visão da zona euro - a partir de Washington - mais lúcida e menos dependente dos calculismos eleitorais de Merkel e Sarkozy, e mesmo dos egoismos dos principais países da «União» Europeia.
Nesse sentido DSK era um amigo da periferia, ao qual não era alheia a suas origens politicas.
Lembramos que DSK, enquanto jovem foi membro da União dos Estudantes Comunistas e como viveu entre as duas margens do Mediterrâneo, sabia avaliar as situações, para além da frieza técnica que existe nos gabinetes.
Mas, como tudo na vida, e como vamos assistir à noite do próximo dia 5 de Junho, os abutres estão sempre presentes para disputarem os despojos.
DSK, com os defeitos que possa ter, seria sempre uma melhor solução para o FMI do que qualquer putativo sucessor, nomeadamente aquela pérola portuguesa do Barroso, pois quanto ao Constâncio, só por irrisão se poderia admitir tal nomeação.
Mas como nos aproximamos do Apocalipse, segundo o comentador das 11:16, então tudo é possível.
Excelente comentário.
E começo a pensar que o Barroso é um "sério" candidato.
Quando vejo a CE jurar a pé juntos que o senhor vai cumprir o mandato até ao fim, lembro-me do que ele fez a Portugal, abandonado-o e permitindo que o Sampaio provocasse uma golpe de estado para colocar no poder um incompetente que arrastou Portugal para a bancarrota
o Dr Ivan Villax era um quimico Hungaro que se estabeleceu em Portugal onde criou uma indústria química com a designação de Hovione.
mais tarde tornou-se João Villax. era pessoa séria e cordata.
o filho internacionalizou a empreza. ontem foi o responsável pela 'peixeirada' do pm.
deviam ser nacionalizados os bens do que lucraram com estes 6 anos de fascismo
Mas que premissa interessante! Porque, aparentemente, DSK foi mais «brando» connosco na concessão de empréstimos, devemos desculpar-lhe o facto de ser um adúltero e agressor sexual reincidente? Devemos exigir que ele tenha um tratamento diferente por parte da justiça?
JG, a sua insistência nesta linha de raciocínio, tomando inclusivamente as «dores» da idiota esquerda francesa, está já a atingir o limiar do ridículo. Como alguém que habitualmente aprecia bastante os seus comentários, peço-lhe que siga este conselho: pare.
De acordo consigo, e razão para mais para o DSK saber que devia ter cuidado com o comportamento dele.Isto foi um suicidio politico da parte dele.
Um leitor......
Ps: o problema da Europa foram as politicas sociais não sustentaveis, que nos estão a levar à falencia. A Europa e em Parte os Socialistas europeus (sobretudo franceses e nele o DSK também)pensavam que haveria de impôr o famoso Modelo Social Europeu ao resto do Mundo. Como vê o resultado está aqui, depois da Grécia, Irlanda, Portugal vai seguir a Espanha, a Belgica,a Italia, a França ethe last but not the least a Alemanha. A crise ainda está longe de ser ultrapassada.....
Mas para os bem pensantes europeus , a culpa será sempre dos outros......
O problema do Octávio com DSK é por ele ser do PS francês? O seu argumentário faz lembrar o dos comentadores que aqui vieram muito indignados aquando do processo Casa Pia (se calhar o Octávio foi um deles. Não preciso ser de esquerda nem pedófilo para ter presente um básico princípio de presunção de inocência (mesmo os da CP estão em recursos e ainda não foi dita a derradeira palavra). Depois não tenho nenhum problema com a França. Tenho é demasiados com Portugal. Se o Octávio foi perseguido sexualmente pelo DSK é problema vosso. DSK deixar o FMI é um problema global e que, na minha opinião (que é minha como é este blogue), não é um dado positivo.
O meu «problema», caro João, é com a dualidade de critérios, a hipocrisia, a desonestidade intelectual. Típica da esquerda, gaulesa e não só. Preciso de lembrar e de comparar, por exemplo, os tratamentos diferentes dados por muitas (e, às vezes, as mesmas) pessoas às «aventuras» de Dominique Strauss-Khan e às de Sílvio Berlusconi? E, que se saiba, o primeiro ministro italiano nunca foi suspeito sequer de violar, ou tentar violar, alguém…
Os franceses que defendem DSK são practicamente os mesmos que acolheram de braços abertos Roman Polanski, e que pugnaram pela libertação do realizador quando ele foi detido na Suíça. E, provavelmente, muitos dos que ridicularizaram os que acreditaram (ou que ainda acreditam) que Barack Obama não nasceu nos EUA, agora acreditam que o que aconteceu a DSK foi um golpe premeditado de Nicholas Sarkozy – já agora, conjugado com a gravidez de Carla Bruni – para afastar um opositor nas próximas eleições presidenciais.
É claro que o ex-presidente do FMI tem direito à presunção de inocência! Mas é disso mesmo que se trata, e que eu disse: nem mais nem menos direitos e deveres de que outros. Algo que os franceses, supostamente tão paladinos da «igualdade» e carrascos de «privilégios aristocráticos», deveriam ser os primeiros a apoiar. Mas, aparentemente, o Marquês de Sade continua a ter muitos discípulos e seguidores da sua muito peculiar «filosofia de alcova»…
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