1.3.10

CRÓNICA DO TEMPO QUE PASSA


Nunca a expressão "plebes de todas as classes", de Pessoa, esteve tão "actual". Da política ao rés-do-chão da vida de todos os dias, tudo foi tomado por elas. A desconfiança em relação ao termo elite inundou tudo de prosélitos igualitaristas receosos de ficar para trás no comboio do "progresso". Basta ir à ópera, ler os jornais, ver a televisão, ir às livrarias, vaguear pelos blogues ou puxar pelo twitter como pelo autoclismo.

5 comentários:

S.C. disse...

Uma vergonha o que está a acontecer com o S. Carlos! Merecia um veemente protesto popular. Mas era preciso que o país fosse outro e outra a cultura das suas gentes. Não deixa, porém, de ser difícil acreditar que uma ministra da cultura, com uma razoável cultura musical, deixe prolongar-se este estado de coisas! A quem aproveitará esta vulgarização ordinarota da única sala de ópera do país?!

Anónimo disse...

Pessoas abúlicas, incultas e que até nem gostam de ópera mas confortavelmente instaladas na política, já não passam sem assinatura para o S. Carlos.

É preciso nivelar por baixo para dar protagonismo aos medíocres.

Anónimo disse...

Concordo plenamente JG

Inez Dentinho disse...

Jean Jaques Rousseau escreve no «Contrato Social» que a Democracia degenera na ocloclacia (governo em que predominam as classes inferiores).
Sendo mais positiva, diria que a democracia premite a regeneração pela meritocracia. Podemos começar pela qualidade das mensagens transmitidas à multidão passa cinco horas por dia em frente da TV.

radical livre disse...

se tivesse um autoclismo do tamanho desejado
todos os dirigentes e muitos dirigidos já tinham mudado de mundo