28.11.09

COMENTADORES DO BACALHAU

Como diz Eduardo Cintra Torres no post anterior, «há programas de comentadores generalistas, sobre economia, política, desporto, sobre tudo e nada, comentadores de notícias, de notícias sobre notícias, de decisões judiciais, de notícias sobre decisões judiciais, comentadores de comentadores.» De tal forma que estamos sempre à espera que um deles peça mais uns minutos para nos prover, por exemplo, com uma nova receita de bacalhau.

6 comentários:

Aspirante a socretino disse...

Estou a pensar seriamente em tornar-me socretino, à semelhança de outros que aparecem por aqui.
Para tanto, não preciso que me digam que o “patrono” da coisa é um cidadão impoluto que nada tem a ver com o Freeport, por exemplo, nem alguma vez falou ao telefone com um “banqueiro” amigo que não fosse sobre modas e bordados ou para elogiar a Manuela Moura Guedes.
Basta que me indiquem em que “off-shore” posso comprar, por metade do preço do mercado, um andar de luxo em Lisboa, perto do Marquês de Pombal.
Na posse de tal informação, garanto que me torno imediatamente um socretino dos quatro costados.

JLR disse...

Sem tirar uma vírgula. Na televisão falta-nos uns quantos Medina Carreira.
Sem papas na língua.

Eduardo Freitas disse...

Excelente programa, o Plano Inclinado de há pouco.

JLR disse...

Todos nós gostariamos. Mas isso é só para um grupo muito restrito de pessoas. A nós, "pobres" só nos resta pagar para esse grupo restrito ter a vida de luxo.

m. gonzalez disse...

Eduardo F.:

V qual prostituta de alterne entre isto e o Blasfémias, por que não vai vergar a mola em vez de andar nestes jogos florais que só ataviam o país?

Anónimo disse...

Todas as opiniões que há sobre a Natureza
Nunca fizeram crescer uma erva ou nascer uma flor.
Toda a sabedoria a respeito das cousas
Nunca foi cousa em que pudesse pegar, como nas cousas.
Se a ciência quer ser verdadeira,
Que ciência mais verdadeira que a das cousas sem ciência?
Fecho os olhos e a terra dura sobre que me deito
Tem uma realidade tão real que até as minhas costas a sentem.
Não preciso de raciocínio onde tenho espáduas.

Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)
Poesia
(edição de Fernando Cabral Martins e de Richard Zenith)
Assírio & Alvim