Morreu o Jorge Ferreira. Era uma morte anunciada mas que a coragem, o amor à vida, a resistência à doença (sempre estúpida) porventura suavizaram. Morrer, neste caso, não é apenas deixar de ser visto. É a perda de um colega fraterno, em certo sentido, de um amigo. Conheci o Jorge quando entrámos para a Católica em 1978. Gostava da política como poucos. Fazia parte de um grupo ambicioso do bar da Católica de onde se destacavam o Luís Bigotte Chorão, o Manuel Monteiro e o Paulo Portas. Juntaram-se e separaram-se. Esteve no CDS onde chegou a líder parlamentar. Fundou o Partido da Nova Democracia. Escrevia muito na Juventude Centrista. Tenho para aí muitos dos seus opúsculos com dedicatórias sempre amáveis e amigas. Estivemos juntos no referendo contra a regionalização. Descanse em paz.
11 comentários:
E também no
http://bloguedonao.blogspot.com/.
ISab
Paz à sua alma.
Muito mais do que o lamento da jovialidade de Jorge Ferreira no momento da partida, merece-me profunda admiração o exemplo de fidelidade e dedicação para com Manuel Monteiro desde o período conturbado no cds/pp e que conduziu à posterior fundação do partido nova democracia.
Amigos assim há por aí muito poucos.
Que descanse em paz.
É sempre assim, só as boas pessoas é que se vão. Há tantos que não fazem falta nenhuma...e é o que se vê.
Não estava à espera de um murro no estômago como esse, hoje, caro João.
O Jorge Ferreira prodigalizou-me provas de amizade que jamais poderei esquecer.
Um abraço emocionado.
Conhecia-o desde 1976, dos tempos em que também pertencia à JC. Sempre simpático, embora nem sempre estivéssemos de acordo.
onde é a igreja do funeral?
´Penha de França, Igreja. Funeral domingo às 15 para Oeiras onde chegou a ser candidato à câmara pelo CDS.
há 2 dias ainda escreveu no blog sobre contas públicas
até ao dia da Ressurreição
Obrigado
Era o que eu classificava um Homem Bom. Não se vendia por 10000Euros e muito menos 75000euros.
Pelo que sei foi um jovem politico combativo e lutava com galhardia pelas ideias em que acreditava.
Lembro de o ver à frente do grupo parlamentar do CDS-PP, numa época em que este partido guinou definitivamente para a direita e que rompeu com o bloco federalista europeu.
Jorge Ferreira, à data, foi um dos jovens politicos de Direita que também romperam definitivamente com o «establishement» vigente e que se assemelhava em muito ao que agora existe (mistura de politica com negócios privados; prosmicuidade na alta administração do estado; esbanjamento dos recursos, politica do betão; subserviência a Bruxelas,etc.).
De facto o «socretinismo» é a continuação por outros meios e para muito pior das politicas do bloco central, do «cavaquismo» triunfalista ou do «guterrismo» pantanoso.
Jorge Ferreira, agora, estava quase completamente só nesta luta, onde até alguns velhos companheiros já começam a fazer a corte ao regime.
Um regime que está liquidando Portugal.
Paz à sua alma.
(O blogue "Tomar Partido" de sua autoria era e é um dos mais representativos e lúcidos da Direita politica, não da «direita dos interesses» ou a «direita queque».)
Lamento a morte do intrépido Jorge Ferreira, até por pertancer a uma linha ideológica que estimei, e em que cheguei a votar (CDS)
Curiosamentre, também entrei na UCP, por essa altura.
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