27.2.07

FASCISMO -2

O meu amigo Eduardo escandalizou-se por eu ter utilizado o termo "fascismo" para definir a intervenção da EMEL, em Lisboa, junto de automóveis e condutores. Reafirmo-o. Fora das áreas concessionadas à dita EMEL, não enxergo como é que a dita cuja possa ou deva interferir. Por este andar, qualquer pessoa, individual ou colectiva, pode ter poderes de autoridade. Sim, porque é disso que se trata quando aqueles objectos amarelos são colocados nos pneus das viaturas ou os carros são rebocados, repito, fora das áreas concessionadas. Aí, entra, como lhe compete, a polícia que chamo quando fico impedido de me mover por estacionamentos errados: telefono para o 112. Não me passa pela cabeça ligar para a EMEL ou para outra entidade qualquer. Olhe, da próxima vez ligo-lhe a si.

8 comentários:

Anónimo disse...

Fascismo em àrea concessionada já pode ser?

Se um país for (à revelia dos seus habitantes) concessionado, já pode ser!

De facto, esta treta do sistema (sim, que comunismo e fascismo, para o efeito é tudo a mesma coisa) até baralha os próprios.

Director do teatro de não sei onde? Depois do regime cair? Ou o regime não caiu... ou nunca se tinha levantado... É mesmo o Portugal dos pequeninos... agora, antes e sempre!

António P. disse...

E a prepotência e arrogância de automobilistas que deixam os carros em cima dos passeios, das passadeira de peões, em 2ª fila, à frente de portões de garagens, prejudicando terceiros, também será fascismo ?

Anónimo disse...

Então o Sr. Eduardo e quejandos ainda não perceberam que há trinta anos a esta parte, sob a capa que isto era para acabar com os previlégios e injustiças criadas pelo Salazarismo,em que toda a gente mais ou menos acreditou, descambou para um sistema de poder neofascista?

Anónimo disse...

Também me faz uma certa confusão ver poderes de autoridade serem exercidos por uma empresa. Por este caminho, teremos a securitas a fazer operações stop na rua.

Anónimo disse...

Acho muito bem que a EMEL retire os carros dos sítios onde NUNCA deveriam ser estacionados!
Haja mais empresas a fazer o mesmo!
Quem não tem civismo...haja quem ensine!!!

Por que é que as pessoas que querem sempre o "carrinho" o mais perto possível de si, não arranjam uns elevadores exteriores aos prédios e os içam até ao andar onde trabalham ou vivam e, deste modo, estariam SEMPRE a olhar o sue belo carrinho!!!!!! ...E, acima de tudo, não incomodariam o trânsito nem os transeuntes!!!!

Cambada de INCIVILIZADOS!!!

Anónimo disse...

Todo o desabafo é legítimo, mesmo quando anda desencontrado da razão.
Dói quando nos vão ao bolso, mesmo que tenhamos prevaricado.
Em matéria de regulação de trânsito a questão que se deve colocar não é: “quem exerce a autoridade administrativa?”, mas sim: “porque é que a autoridade administrativa não é exercida por ninguém, nesta terra situada algures entre a anarquia e o salve-se quem puder?”. Ou, dito de outra maneira: “porque é que não se cumprem as leis em Portugal?”.
O seu amigo Eduardo tem toda a razão. E explica fundamentadamente a sua razão.
Sim, é necessário impor, democraticamente, a ordem. Pois, sem imposição não há ordem. É assim aqui e em todo o mundo. Depois as pessoas habituam-se e passam a ter comportamentos cívicos mais conformes com a vida em sociedade.
Com a intervenção da EMEL nas áreas concessionadas e adjacentes, pois da fluidez destas depende a utilização daquelas, estou certo que vai passar a haver maior mobilidade na cidade. É bom para todos, excepto para aqueles cujo umbigo absorve as sinapses neuronais. No entretanto, os agentes da PSP podem fazer um tirocínio na EMEL para aprenderem a agirem perante as evidências contra-legem.
Por último, sempre lhe direi: deixe lá o 112 para as urgências efectivas. Caso o azar lhe bata à porta, devido ao incumprimento das regras de estacionamento, no papelinho preso no pára-brisas tem lá o contacto da EMEL ou da PSP. É só telefonar, com bom feitio, que eles farão o “favor” de o auxiliar.
Neste país dizemos mal de tudo ou de quase tudo, mas, quando alguém promove uma mudança, desatamos a vociferar contra a dita.
Não temos mesmo salvação!

Johnnyzito disse...

Em parte, até posso estar de acordo com o meu ilustre homónimo, especialmente no que diz respeito aos poderes da autoridade.
No entanto, sendo a EMEL uma empresa municipal e com, segundo sei, estatutos aprovados, em assembleia municipal, sobre a regulação e ordenamento do estacionamento, não estarão os fiscais verdinhos a fazer o seu verdadeiro papel e aquele para o qual foram contratados?

http://sempre-a-produzir.blogspot.com/2007/02/emel.html

Um abraço deste leitor assíduo
João Gonçalves (Johnnyzito)

Anónimo disse...

Grande acto de civismo, encher o 112 com pedidos desses, sim senhor...