17.2.07

A BANDEIRINHA


Embalada pela "entrada de Portugal no século XXI" que aparentemente teve lugar no domingo passado, a Juventude Socialista - uma mistura de "bloquistas" frustrados com adolescentes precocemente envelhecidos que se levam a sério - vai, uma vez mais, tentar provocar o senhor engenheiro com a discussão em torno de um projecto de lei acerca de casamentos entre same sexers. A JS quer, ou imagina que quer, apresentar tal projecto na AR. Volta não volta, vem esta conversata inútil para não nos esquecermos que o PS é "moderno" e, em momentos de profundo delírio, até "progressista". Ora, nesta matéria, não se trata de ser "moderno" ou "progressista". Trata-se de ser realista. E o realismo manda que se diga, de novo, o seguinte. As disposições sobre "direito da família" que constam do nosso Código Civil e legislação conexa, estão concebidas para a família dita tradicional, constituída a partir de criaturas de sexo diferente. Gosto tanto de uma "família" dessas como de quaisquer outras. No entanto, entendo que devem ser criados institutos jurídicos distintos dos preconizados no "direito da família" e legislação complementar para salvaguardar direitos e consagrar deveres a quem é feliz de outra maneira. Andar a brincar com isto, dia sim, dia não, apenas por causa da bandeirinha, é que não.

3 comentários:

Anónimo disse...

Como escreveu um «Templário» evocando a ingenuidade de Marco Aurélio nos finalmentes de Roma, a estratégia certa é «surfar a onda».
Sim, sempre e absolutamente, até ao fim.

Anónimo disse...

Então, os verdadeiros bloquistas não são frustrados.

O que será um verdadeiro bloquista?

José Gomes André disse...

Mais que esperado. As juventudes partidárias, esses saloons de estrume intelectual, onde se trocam palmadinhas ao som dos Nirvana, têm que propôr temas "fracturantes", ou pura e simplesmente deixariam de existir.

Pena, claro está, que os partidos "a sério" acabem paulatinamente a assimilar esta malta frustrada, em nome da "coesão política".

Bem Pelo Contrário