19.2.07

O ESPLENDOR DA RENÚNCIA -1


O governo, na pessoa do "hermeneuta da Ajuda", vai deixar Paolo Pinamonti abandonar a direcção artística do Teatro Nacional de São Carlos, provavelmente para o substituir por um neo-realista qualquer devidamente reciclado. Estou à vontade porque, ao arrepio de muitos que agora se calam perante esta saída inevitável - muitos deles trouxeram Pinamonti para Portugal e andaram literalmente com ele ao colo enquanto lhes foi útil - critiquei e tirei, em Abril de 2003, as devidas ilações das críticas que fiz sobre a gestão do Teatro e sobre as posições da então tutela. O afastamento de Pinamonti - num momento em que o TNSC aposta numa extraordinária produção da "Tetralogia" de Wagner, com a primeira jornada, A Valquíria, a estrear no próximo sábado - fará o Teatro mergulhar uma vez mais numa crise, se é que alguma vez se viu livre dela nos últimos anos. Só e mal acompanhado, Paolo Pinamonti lembra-me o "herói" nuclear da "Tetralogia", Wotan. Afinal, A Valquíria mais não é do que uma trágica metáfora musical sobre a renúncia, uma coisa intelectualmente incompreensível para burgessos funcionais sempre prontos a servir qualquer deus.

5 comentários:

Anónimo disse...

..mas essa ministra e esse sec sabem lá governar!!! são uns "pau-mandados" e uns "servidores de encostas"!!!

Querem lá seber que Pinamonti é o que há de melhor em Portugal para gerir o Teatro Nacional de São Carlos??!!! O melhor director artístico que já por lá passou??!!!

Esses governantes não se interessam por Qualidade e Interesse Nacional.....Eles só servwem para se servir a si próprios e os amigalhaços!!!!!!

Anónimo disse...

EH lá. Eh lá.
Também não endeusem tanto o homem, que a coisa não é tanto assim.
As co-produções são todas feitas fora, o compadrio interno é mais que muito, as relações internas estão cada vez mais degradadas e com estas práticas também não se vai longe.

Anónimo disse...

Pinamonti é um director de segunda categoria, que nem sequer director artístico era no La Fenice, que apenas usou o Sao Carlos para se autopromover pela Europa e para esbanjar dinheiro com escolhas de cantores discutíveis do ponto de vista qualidade/preço. Os seis mil contos por récita da péssima Alessandra Marc na Turandot e os três mil para o mediano Bruno Praticò... para não falar de não querer saber para nada dos cantores portugueses, mesmo os melhores, como Elvira Ferreira, Elisabete Matos, Ana Ester Neves, José Manuel Araújo ou Nuno Vilallonga, que só lá cantaram de vez em quando e por especial favor (exceptuando-se a magnífica Liu de Elvira Ferreira e as muito boas récitas que aqui deu Elisabete Matos, em muito menor quantidade, todavia, do que seria aceitável...). Eu, sinceramente, não apenas não me escandalizo com a demissão do todo-poderoso Pinamonti, como até a aplaudo, embora reconheça o demérito do processo com que o Governo o tratou.

cumprimentos

Anónimo disse...

Falar de Pinamonte é importante pelo mau trabalho feito mas há outros que promovem espéctáculos de ópera que são vigaristas e vivem a conta do trabalho dos outros.É o caso do engenheiro como SÓcrates Manuel Pedro Nunes que no Rigoletto de á cinco anos não pagou a nimguem e continua impune com os D.Giovani que tem feito.Até quando?O Crime de colarinho branco compensa.Tem processos em tribunal,está na lista negra do banco de Portugal,estes casos tambem tem que sêr denunciados publicamente pois á conta da ingenuidade de uns este senhor vive a grande e a francesa.Tenho dito

Anónimo disse...

ainda a saga do engenheiro que é cantor Manuel Pedro Nunes sabemos que como presidente da associação dos bolseiros da fundação luso americana de cultura fez uma vez mais das suas vigarices.Utilizou cartão de credito da fundação estafando algumas centenas de euros assim como levantou falsificando assinaturas cheques que estavam em nome de cantores para pagar cachets.Esperemos que desta vez não se fique a rir.