28.1.06

VIVER HABITUALMENTE


Uma semana depois das eleições presidenciais, temos o país de volta. O "viver habitualmente" de que falava Salazar, o sábio rústico que nos percebeu como ninguém, regressou sob a forma do "benfica-sporting" - não se fala de outra coisa há cinco dias e hoje é aconselhável fugir das imediações -, do "euromilhões" e, mais extravagantemente, do frio. Ao contrário do que alguns bloggers profetizam, eu julgo que a "política" vai hibernar. Em menos de um ano, foi esse o sentido maioritário do voto: uma maioria absoluta para nos "tratar da vida" e um presidente austero, "político ma non troppo", para vigiar por nós. Em suma, podemos viver habitualmente.

3 comentários:

Anónimo disse...

nem todos podem ser intelectuais, o que seria se todos nós gostássemos do mesmo!

Anónimo disse...

"Se enterrar depressa a frustração, [Soares] verá que não perdeu qualquer influência na esquerda, no PS ou na política portuguesa. Avisou que não dormia bem com Cavaco na presidência. Não tardará que muita gente se lembre".
Vasco Pulido Valente, PÚBLICO, 28-1-2006

Anónimo disse...

Meu caro João,
ainda há gente que insiste nos pesadelos... mas onde estiveram entre 1985/1995? Não me lembro de ninguém ter deixado de dormir nessa altura!

www.odivademaquiavel.blogspot.com