Agora que Vasco Pulido Valente chegou à blogosfera, está criada - finalmente, diria eu - uma nova "centralidade" (uma palavra altamente recomendada pelo "plano tecnológico") na dita. Estes anos de blogosfera nacional foram intensamente dominados pelo José Pacheco Pereira cuja atenção ao quotidiano político, cultural e "social" - ao dele e ao de alguns outros, extravagantes ou corriqueiros - fez "escola", instituindo-se como uma chamada "referência". Com o fim de um ciclo político - e muita da blogosfera seguia-o ferozmente - chega também ao fim uma "era" do ciclo blogosférico. E, muito naturalmente, talvez Pacheco Pereira - que me parece muito interessado, de novo, no "seu" próprio ciclo político e no do seu partido - abandone o tal papel de "centralidade" de que gozava por aqui. Não faço ideia. A "chegada" de VPV marca uma nova fase nestas aventuras. Eu estou habituado a ele desde, pelo menos, "O país das maravilhas". Nunca imaginei que viesse a ser meu professor em duas cadeiras extravagantes fornecidas ao curso de direito da Universidade Católica, com quatro ou cinco anos de intervalo. Excelentes aulas e excelentes indicações bibliográficas. Provavelmente nunca teria lido Joachim Fest, A.J.P Taylor ou Bullock se não fossem essas aulas e essas indicações. E jamais teria andado pelas livrarias de Londres à procura de "mais" Taylor para ler. Quanto à "política", estamos praticamente conversados. É patente que, descontando o desvelo tardio pela candidatura do dr. Soares - que não pelo homem e pelo político -, eu "sigo" a "linha", imaterial e tantas vezes improvável, de VPV. Como ele, mas a milhas dele, não tenho nada a perder que não tivesse perdido já. Ganhei sobretudo em mau feitio e no desprezo geral que nutro pelas circunstâncias e pelas pessoas "ocorrentes". Num texto com uns anos, VPV escreve sobre os telefones que deixaram de tocar e sobre um mundo que se deita aos nosso pés e que, de manhã, carregamos inexplicavelmente às costas. É por esse mundo que eu tenho andado e do qual dificilmente sairei. E, nele, é bom que pessoas como o VPV e a Constança existam.
1 comentário:
Oh João, estou a tomar-lhe o gosto e vou acabar como tu, e não queria... mas é aliciante estar neste lado, no comentário, agora a este post...:-Penosa parcialidade. Há mais gente para além do VPV e da CCS, ou não há?
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