Citei aqui outro dia Agustina Bessa Luís acerca de Woody Allen. Valeu-me uma meia dúzia de insultos por desrespeito ao jargão. Como qualquer cinéfilo razoável que se preze, também tive a minha "fase" Woody Allen, pré-clarinete, claro. Confesso que nunca me embeveci com as obsessões afectivo-sexuais de alguns dos seus filmes e não enxergo o que é que as suas várias mulheres vêem nele. Perdi, aliás, o rasto às suas últimas películas e não vibro de ansiedade à espera da próxima. Match Point, porém, merece outra atenção. Dão muita a Scarlett Johansson, irrepreensivelmente bonita e uma actriz surpreendente (estava a pensar em Lost in Translation e em A Love Song for Bobby Long, por exemplo). Todavia, também me parece que o rapaz Jonathan Rhys Meyers merece alguma. Como ela, é inexplicavelmente bonito e constroi uma figura daquelas de que Mitterrand gostava, uma pessoa pouco "transparente". Sem o irritante clarinete, aí está um Woody Allen que vale a pena. Acordei assim, no "silly day".
1 comentário:
Atenção: José Castelo-Branco vai estar logo à noite no programa "Livro Aberto" da RTPN para falar dos melhores de 2005! Que bela notícia para todos os que gostam de uma boa gargalhada! Uma certa Lisboa, que vai da Casa Xangai ao Tatu, estará sentada frente ao televisor com um balde de pipocas no colo para assistir à emissão. Será um espectáculo circense "au grand complet" e só para os "happy few". José Castelo-Branco é uma figura polémica? Será. Tanto melhor. Não se esqueçam de jantar antes na Varanda do Ritz. Tenho dito.
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