14.5.11

A ELEIÇÃO NUMA VOLTA QUE PRECISAVA DE DUAS

A três semanas da coisa, é mais ou menos isto. O que se resume nisto: «a expectativa da maioria do eleitorado é não mudar de vida.» Sócrates, Portas, jornalistas e comentadores, cada qual com o seu "share", é nisto que apostam. Porque não sabem, tipicamente, fazer mais nada na vida.

6 comentários:

Anónimo disse...

É preciso que alguma coisa mude para que tudo fique na mesma.

Se alguém, no seu perfeito juízo, dizer que no dia 5 de Junho vai haver «mudança», é sinal que Portugal vai desaparecer.

Anónimo disse...

Para a área da comentação especializada José Sócrates é de longe o melhor circo para garantir a sobrevivência. Como as tiradas dele são sempre férteis, difusas e assentes em pressupostos fabricados ou distorcidos de modo a parecerem cristalinas decisões celestiais de uma mente aberta, moderna, avançada e preparada para guiar os seus perdidos, pobres e desorientados discípulos, medidas como as Novas Fronteiras ou a colocação de Magalhães ao colo dos meninos das escolas prestam-se a comentários leves e de fácil execução, ricos em vazio e bonito, que dão para desenvolver a criatividade e debitar dezenas de horas de baboseiras sem o perigo de parecer demasiado ridículo. O único grande problema desta gente é que o dinheiro para comprar a lenha com que se aquecem quase acabou e o pouco que sobra mal dá para brindar os doentes crónicos com medicamentos nos hospitais. Daqui a algum tempo, às tantas, nem dá para enviar cabeleireiras para as estradas, ou se der, vai ser um escândalo laranja, daqueles que metem discussão moral e ética com João Soares e Maria de Belém na SICN. Com esta gente a gravitar à sua volta Sócrates está num paraíso edílico onde pode atacar as parcerias público-privadas nos comícios e elogiá-las nas inaugurações, ou dizer que o PSD vai afundar o país com a baixa da TSU e logo a seguir dizer que o vai salvar fazendo exactamente a mesma coisa porque o acordou com a troika, na certeza de que quando no dia seguinte ligar a televisão, aquilo que mais vai ver no ecrã vão ser umas gentes extasiadas a discutir pentelhos à hora. E quando for confrontado com um comentário no FT que o põe abaixo de cão, faz aquilo que melhor sabe fazer: curva a boca fechada, encolhe os ombros e diz que não sabe do que se está a falar, tomando por garantido que alguém há-de arranjar um ramalhete para embelezar a fossa que nos vai cercando.

Anónimo disse...

Mas têm de mudar de vida.Não há alternativa. A questão é saber se não se importam com o tal de infalível à frente disto, porque é isso mesmo: A criatura acha-se é infalível e tudo o que corre mal é culpa dos outros. Os outros, os vandidos, aqueles outros que ninguém sabe quem são.
Sim o Povo quer é carrossel e bifanas.De resto quer lá saber quem as pagou ou se lhe mentiram.É tudo representação. Uns dizem que a sua é elaborada (teatro, poesia, pintura, cinema...) e os outros apenas a exercitam à sua maneira. Ora bolas, não há vergonha, não há mal, não há BEM. Apenas Lixo...

Anónimo disse...

É, até certo ponto, o "viver habitualmente" de que falava Salazar...a natureza profunda dos povos é algo que permanece para alem dos regimes.

Anónimo disse...

Pois é... Os do Leste tiveram mesmo que mudar de vida nos anos 90. E para a maior parte deles, parece que está a correr bem. Se não estivesse, chamavam os comunas outra vez e isso não está a acontecer.

Este molengas de cá vão ter que vergar muito a mola, se quiserem sobreviver. E é bem feito. Só é pena que ainda haja alguns que vão escapar pelos "intervalos da chuva"...

PC

a.marques disse...

ALERTA CRÍTICO
O PS não governa e não gere; atropela, manipula e conspurca, e num estalar de dedos transfere para outros e todos nós o ónus da promiscuidade e do desvario que vão semeando. Não há solução para o País com estes ditos socialistas catastróficos a governar, e incuráveis ciclones destruidores quando na oposição. Num simples exercício prático e infalível imagine-se o discurso e prática de tal gente, se dirigido a quem tivesse sido autor de 1/10 das abusivas malfeitorias da própria autoria e paternidade. Não é preciso destruí-los, mas reservando-lhes uma grande lição pode ser que aprendam a comportar-se decentemente. Para o País estragos mínimos, máximo 19% para o cérebro de tão sinistro atentado.