GELATINA

Precisamente em oposição ao artigo de Carrilho, é esta "análise" primitiva de um proto-candidato a deputado pela quota imaginária de um proto-candidato a presidente do PSD. Tão novo e já tão cheio daquele ranço que produz carreiras extraordinárias dentro do regime português. Não "pode" com Santana Lopes. E, no entanto, porque os seus "ídolos" foram acolhidos à sombra dessa doença mental portuguesa que a televisão tão bem sublimou sob o lema do "perdoa-me" e do "não te esqueças da escova de dentes", descobriu-lhe um métier sem saber muito bem o que quis dizer com isso. Todavia, mais do que "não poder" com Lopes, é o "não poder" com a "ecologia" de Ferreira Leite que os une miseravelmente a todos. Ao ponto freudiano (o ponto cego) de darem por si a "defender" o admirável líder e os seus fantasmas. Não que isso valha alguma coisa em termos eleitorais. Vale nada. Quando muito, ajuda à sobrevivência neste pequeno mundo de pequenas frivolidades em que falamos uns para os outros. Lá fora, porém, a vida das pessoas é outra coisa. Uma coisa que, por mais que estes tolinhos se espremam, jamais entenderão.

Adenda: E merecemos porventura ser tratados de outra maneira a não ser como e por idiotas? Não é assim que os "jornalistas" nos tratam? Como lesmas lerdas?