12.12.08

O REGRESSO DO BETÃO


Refrescado pelo conselho europeu que decidiu impor à Irlanda um novo referendo ao famigerado Tratado de Lisboa (até a UE funciona a "toque de caixa" estilo soviético), Sócrates traz na bagagem um novo e maravilhoso "plano estratégico" para combater a crise. De novo, porém, não tem nada. É apenas o tradicional recurso ao betão através do investimento público. Ainda hoje Belmiro de Azevedo mencionou o que se devia evitar e deu como exemplo justamente os biliões em obras públicas e equipamentos como o TGV. Não consta que Belmiro seja um mau gestor ou, sequer, um mau português. Não aprendem nada.

9 comentários:

Anónimo disse...

Vêm aí mais milhões anunciados por Sócrates. Todos os dias temos mais milhões de milhões. Obrigado senhor primeiro-ministro! O senhor é um homem extraordinário, O senhor luta tanta para que a nossa recessão seja mais pequena que a dos outros, o senhor não pára para que o nosso povo viva feliz... Não sei o que lhe dizer mais, rendido que estou à sua imensa bondade. Que os Santos o protejam para bem da nossa querida e mada Pátria, uma palavra de que agora gosta.

Lura do Grilo disse...

Estão a combater a doença com uma anestesia. O vírus Keynesiano propaga-se: o betão, que era mau, tornou-se de repente redentor. O dinheiro parece crescer como as folhas de uma árvore que rebenta na primavera. A política do silício dá um ar tecnológico "à coisa".
A factura (La dolorosa ) virá depois.

Anónimo disse...

Esta opinião de Belmiro, repete uma sua outra ideia de há dois anos.
Em vez de um hiper investimento como o do TGV, algumas dezenas de bons investimentos...
Se o PR quisesse dispor de um Conselho de Estado actuante, um fórum de líderes com saber de experiência feito, ali tinha um excelente elemento.
Algo de bem mais útil, do que certos cavalheiros da banca por exemplo.
Lá estaria também um Silva Lopes ou mesmo um Medina Carreira e até Carvalho da Silva.
Para trocar impressões com o/s PM/s.
JB

Anónimo disse...

O TGV e o novo aeroporto beneficiam 3 grupos:
-Os países europeus que vão fornecer o material
-O empreiteiro que fizer a obra
-Os imigrantes africanos que as vão fazer
Os indígenas ficam com dívidas até aos tretanetos...

Anónimo disse...

Porque não retirar o governo aos políticos e entregá-lo aos tecnocratas para resolverem com eficiência o problema da crise?

Anónimo disse...

É ver quando a coisa corre mal os grandes defensores do mercado a gritar pelo Estado ...

Anónimo disse...

curiosa

Isso será sempre uma decisão política,logo voltamos à primeira forma:
Carecemos de políticos sérios e honestos.

Nuno Castelo-Branco disse...

A magna reunião de chefes da cada vez menos União Europeia, decidiu obrigar a Irlanda a repetir o referendo ao Tratado de Lisboa. Confirma-se assim, aquilo que há meses dissemos quando da rejeição popular da primeira tentativa de ratificação. Os irlandeses serão forçados coercivamente a ir às urnas, até o resultado ser favorável aos desígnios de gente dificilmente identificável, uma vez que estas metas são traçadas não por Estados que partilham um projecto comum de progresso, mas por interesses muitas vezes divergentes da própria lógica da União.

Sem um único estadista de referência - daqueles que a Europa sempre teve em todas as épocas da sua já longa história -, o abuso e a falta de respeito para com as populações banalizaram-se. Nem sequer mencionar o caso português, no continente não temos alguém que de longe ombreie com Carlos Magno, Richelieu, Luís XIV, Maria Teresa, Pitt, Metternich ou Bismarck. Até os controversos de Gaulle, Adenauer, Kohl e Mitterrand nos parecem hoje, poucos anos decorridos após o fim dos seus mandatos, como protagonistas de uma idade de ouro de uma Europa que parecia ter um futuro e um rumo. Toda esta prepotência e errância à procura de recursos financeiros cada vez mais escassos, conduz a uma desesperada tentativa de tudo esmagar pelo rolo compressor da uniformização prevista pelos gabinetes de Bruxelas. Perde a democracia e perde a credibilidade desta comunidade já mais que cinquentenária, cada vez mais parecida a um velho trust de outros tempos.

Anónimo disse...

O problema não deve estar nos políticos. Os tecnocratas, quando passam a fazer política, também são políticos.
Para mim, o problema está nos partidos, associações que privilegiam a existência de videirinhos, de safados, de homens sem verticalidade.
Que cada círculo eleitoral eleja os seus representantes, que o irão defender no parlamento, e lhes peça contas da sua actuação.