24.12.08

O HOMEM "MODERNO"

«A nossa moral é a do catavento.»

Rui Ramos, Público

2 comentários:

Anónimo disse...

"A nossa moral é a do catavento".

Como muito bem coloca Rui Ramos: - "Seremos bons ou maus, de acordo com o que render mais no momento." Mas será que ao agirmos assim não estaremos de alguma forma a ser acima de tudo, e como nos é pedido, racionais e a adaptar-nos às estruturas e ambiente onde exercemos o que designamos, de uma forma simplista, por vida? Logo a nossa moral e o agir em função da mesma pode ser entendida não como um fim mas sim como um meio que nos garanta um "pay-off" positivo. Todo aquele que assim não se comporta, rapidamente será trucidado pelas circunstâncias do meio onde se insere. Somente alguém que partilhe uma visão maniqueísta que divida o Mundo entre o Bem e o Mal (como eu em tempos imberbes) pode considerar que actualmente a nossa moral não se assemelha à de um catavento, onde do ponto de vista moral "estamos talvez dispostos a mudar, não porque a vida que levamos seja necessariamente errada ou a que podemos levar possa ser mais certa, mas desde que nos dêem a certeza de que uma vida diferente nos trará mais conforto e felicidade."
Agora é óbvio que, do meu ponto de vista, tal pode levantar problemas relativos à conceptualização do que se entende por moral.

E despeço-me, pedindo desde já desculpa pelas excessivas transcrições, mas concluirei afirmando que por muito que nos insurjamos, muito provavelmente continuaremos a guiar a nossa moral e parte do nosso comportamento em função dos ditames dos acontecimentos e da perspectiva de ganhos. Como um catavento certamente. O que não significa que, à mercê dessa mesma moral, 2009 não possa ser o ano da confirmação de grandes mudanças especialmente em termos sociais e políticos. Para isso basta-nos só que, com a mesma moral, passemos a raciocinar melhor. Para mais felicidade e mais conforto.

Um abraço de um "fã incondicional" deste blogue, certamente um dos melhores a todos os níveis.

CM

Anónimo disse...

Todos nós sabemos que o catavento aponta para um ou outro dos pontos cardeais, em conformidade com a direcção do vento em cada momento.
Os políticos também mudam os seus afectos políticos de acordo com os centros impulsionadores das brisas financeiras.