24.12.08

UM ARISTOCRATA

Um investidor francês, de origem aristocrática, reagiu como um aristocrata quando perdeu todo o seu fundo (e a cara perante os seus clientes) por causa do sr. Madoff. Matou-se.

10 comentários:

Anónimo disse...

Madoff é um porco.
Como se diz na minha terra: todo o porco tem o seu Natal.

Anónimo disse...

Na Lusitânia, «jamé».
JB

Aladdin Sane disse...

Cá no burgo não há disso.

Se me permite, que bom que agora voltam os dias da relativa tranquilidade. Nestes últimos dias, senti-me acossado, estar por entre as multidões era como ter de mergulhar e suster a respiração. Receba os cumprimentos de um freak (mas dos verdadeiros!) que não conhece, mas que não passa sem visitar o blogue.

Aprendiz disse...

É o que se chama poder de antecipação... outros aristocratas franceses não tiveram a mesma percepção e perderam a cabeça...
Voltando aos "basics", como é possível confiar num gajo chamado "Mad off"????

Abraço e bom Natal

Pedro Barbosa Pinto disse...

Não sei se o aristocrata francês pôs termo à vida por medo à justiça francesa, se cumprindo sentença imposta pelo Juiz do Tribunal Superior que é a sua consciência.
Sei que em Portugal esse Meritíssimo Juiz anda emigrado faz muito tempo e a justiça portuguesa está de férias faz muito mais.
Assim, os “aristocratas” portugueses não perdem os fundos, nem tão-pouco a cara.
Em vez de se matarem, publicam a sua biografia. E é tão comovente ver os seus ex-clientes na festa de lançamento da obra, a pedirem uma dedicatória no livrinho!

Anónimo disse...

Investidor enganado por Madoff suicida-se
2008-12-23

O investidor francês Thierry de la Villehuchet, co-fundador do fundo Access Internacional, suicidou-se hoje, em Nova Iorque, depois de ter perdido dinheiro dos seus clientes no escândalo financeiro Madoff, avançou o jornal francês La Tribune.

Thierry de la Villehuchet, 65 anos, que instituiu a Access Internacional com Patrick Littaye, não resistiu à pressão que se seguiu à descoberta do escândalo envolvendo o gestor de fundos nova-iorquino e ex-presidente do conselho de administração do Nasdaq Bernard Madoff, suspeito de uma megafraude de 50 mil milhões de dólares.

"Durante a última semana procurou maneiras para recuperar o dinheiro dos seus clientes", explicou um familiar do investidor, em declarações ao jornal, acrescentando que "foi a despedida de alguém que não podia ser censurada por nada" porque "tentou todos os passos necessários dentro do seu alcance".

A sociedade de investimento do famoso corretor de Wall Street conseguiu convencer "a aristocracia financeira mundial" a investir no seu negócio.

Entre os clientes do Bernard L. Madoff Investment Securities LLC, encontravam-se grandes bancos internacionais, os mais discretos "bancos privados" e os confidenciais "serviços familiares", empresas encarregues de gerir o património de uma só família abastada.

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Infelizmente, o aristocrata francês tomou a sua vida pelos erros e falcatruas de outros...

Quantos e quantos detentores de pomposos títulos hierárquicos, noutros países, como por exemplo o nosso, e directamente implicados em gestões danosas e fraudulentas de entidades bancárias e de investimento continuam sem vergonha a aparecer nos noticiários reclamando-se da sua inocência em todo o processo? Dá que pensar não é? Apesar do suicídio ser contrário a uma visão cristã (e católica) do mundo, ao menos um pouco de expiação pelas acções e crimes cometidos não seria mau de todo.

Apenas um grito de revolta vindo das profundezas da pirâmide social.

CM

Lura do Grilo disse...

Que acontecerá a esta geração de meia idade quando chegar à reforma e perceber que afinal já não a tem? Ou seja o que descontou para ela foi entregue aos que os antecederam?
Ir-se-á suicidar pela fome (é menos nobre)?

QC disse...

Há uns que gostam mais dos dedos, outros dos anéis ...

Maria Lua disse...

Paz à sua alma...

Nuno Castelo-Branco disse...

Que rica ideia deu a certos senhores que por aqui e muito ao invés, terão a vidinha safa!