26.12.08

EM CASA

O PGR mandou instaurar um inquérito por causa de mais um acto de bandalheira escolar, desta vez com uma "arma" de plástico apontada a uma professora de psicologia de um liceu do Porto. A edificante cena foi filmada e houve quem se mostrasse mais indignado pelo filme do que pelo gesto. A dra. DREN, Margarida Moreira, disse que foi uma "brincadeira de mau-gosto" e desvalorizou o gesto, entregando-o à burocracia do inquérito escolar. Andou bem o dr. Pinto Monteiro. Há gente que não tem lugar nas escolas pagas pelos nossos impostos. Quando muito, (e nós também pagamos para isso) coloquem-nos em "centros educativos" do ministério da justiça. E "reeduquem-se" alguns progenitores, tão ou mais burgessos do que as crias. Como aquele de uma associação qualquer de pais nortenhos que não gostou de ver os "meninos" exibidos na televisão e, ainda menos, da reacção dos professores. O mal, pelos vistos, começa em casa.

13 comentários:

Anónimo disse...

Quando não interessa ao poder socialista, desvaloriza-se. A pesada senhora DREN desvaloriza, o esfíngico Santos Silva desvaloriza (por qualquer razão), o esforçado Vieira da Silva desvaloriza (o chumbo do Código de Trabalho pelo Tribunal Constitucional, o admirável Sócrates desvaloriza tudo o não promova o seu ego. Também os jornalistas alinhados ajudam à festa com a desvalorização daquilo que o governo quer que seja desvalorizado. Quando não interessa ao poder político, o nosso jornalismo fretista desvaloriza na primeira página e esconde nas páginas interiores, faz de conta que temas desvalorizados pelo governo não têm digindade de tema, etc. Portugal é pois um país constantemente desvalorizado e por isso o que vence é o trafulha (sabem, claro, de quem estou a falar), o rasca, o professor bitaites...e a Margarida Moreira, simbolo do caciquismo deste país cada vez mais empobrecido.

Anónimo disse...

Os putos agora sao burros...Precisao educacao sexuale por varios anos...No meu tempo a malta aprendia a coisa em 5 minutos e nao esquecia a licao...Agora parece que vao comecar a treinar-los com simulacoes com plastico para depois eles agirem com material real quando forem mais crescidos....

caozito disse...

Não é que não tenha muita importância e não seja preocupante a "cena" da pistola de plástico e a ameaça à professora.

Sobre o "caso", o que tenho a dizer é que há "coisas" que não se ensinam na escola: essas mesmas "coisas" aprendem-se em casa.

Contudo, penso que ao "caso" está a ser dada uma importância exagerada e, em minha opinião, para "esconder" casos gravíssimos como o que se passa no BPP, com o BPN e as suas "imaculadas" empresas, geridas por "honrados", "insuspeitos" grandes e respeitáveis gestores (?) da nossa praça e com o lastimoso estado em que "quase" tudo se encontra.

E, com os maiores argumentos que contestem o que penso, não vou mudar de opinião.

bA disse...

e o medo instala-se ao ponto de se desvalorizar a situação. a próxima já é com ua arma auténtica, e talvez com mortes em directo país perigoso, em que quem não for mais predador que o outro está lixado.

Anónimo disse...

Neste post, o caro Joao Gonçalves parece reproduzir o actual lema instituído pela "escola democrática", que tanto ouço aos professores: "a escola serve para ensinar, para educar são os pais". E quando os pais não conseguem, nao sabem ou nao tem condiçoes para educar devidamente os filhos? Qual o futuro dos jovens e da nação? Podem a escola e os professores destituirem-se desse papel de educadores que sempre tiveram?
Ou a solução é só deixar entrar na escola os meninos muito bem educados, vindos de famílias modelo das classes altas, excluindo os desgraçados filhos de pais que se levantam às 5 da manhã para apanharem um transporte suburbano, passam um dia a fazer limpezas ou a vender pentes, e regressam a casa altas horas da noite, para comer uma sopa aguada e dormir?
Já todos esqueceram o papel dos antigos professores primarios na formação integral das crianças. Acham que ser professor ou portageiro da auto-estrada é a mesma coisa. O resultado está à vista. Temos uma geração de analfabetos selvagens, por culpa exclusiva dos pais. Na verdade, nem sequer é preciso ser alfabetizado nem sequer educado para chegar a lugares de destaque e de poder, como é exemplo o arrogante e falso licenciado que preside o Governo. Porque hão-de os jovens preocupar-se?Basta-lhes integrarem-se numa família política e/ou numa seita conveniente para que a riqueza material lhes seja acessível.
Não sei porque não mudam o nome do Ministério para Ministério do Ensino e as faculdades para Escolas Superiores de Ensino.
Educar não é para os professores - é que eles dizem. Felizmente, como bem sabemos, todos os filhos de professores são meninos educadíssimos e sempre um exemplo de civilidade em todas as escolas.
Agora se , como diz, "o mal começa em casa" talvez seja melhor criar campos de concentração para sequestrar os pobres e os desgraçados que não conseguem educar os filhos de forma adequada. Depois é só esperar que morram esses desgraçados e está o assunto resolvido. Ou será um problema genético? Para isso fazem-se umas análises, identifica-se o gene defeituoso e depois é só lobotimizar em massa.
Eh lá, mas agora temos um problema!! Deixa de haver padeiros que façam o pão fresco para os professores e seus educados filhos comerem ao pequeno almoço. E também desepareceram as mulheres-a-dias que limpavam as casas confortáveis dos professores, e que lhes faziam a comidinha e lavavam a loiça e a roupa, deixando-lhes tempo para cuidarem dos filhos como a desgraçada da mulher a dias nao pode fazer. E quem lava as escadinhas do prédio do professor? Quem é que lhe serve o cafezinho e o pastelinho?
Vamos acabar com os mal-educados recorrendo ao eugenismo, não é?
Acho que o mal, pelos vistos, começa em casa.. de ricos, de quem teve a sorte de nascer em cama quente e que olha para o mundo com sobranceria, por cima das muralhas do seu castelo, como um Senhor Feudal para os servos da gleba.
Era o que faltava agora essa cambada de mal-vestidos, que nem sabem usar um talher, viessem também a saber ler e escrever ou, ainda pior, frequentarem a escola dos meus filhos.

fado alexandrino. disse...

E quando os pais não conseguem, nao sabem ou nao tem condiçoes para educar devidamente os filhos?

Então era melhor não os fazerem.

De qualquer maneira o que me suscita muita curiosidade é:

-que raio se ensinará naquelas aulas de psicologia?

Anónimo disse...

A questão da falta de respeito e da ausência de normas é endémica e transversal à sociedade! Por isso não vejo qual é a admiração de surgirem estas situações parvas nas salas de aula, já que a escola é um microcosmos que reflete a sociedade.
Mais ridiculo hipócrita e incoerente é o destaque imbecil dado pela comunicação social, com aberturas de telejornais e comentadores idiotas com falsas expressões preocupadas, quando tem sido precisamente a comunicação social um dos principais veículos de transmissão da decadência dos valores sociais!
O quadro reflete, todo ele, um conjunto de estereótipos, que são o resultado de anos de rebaldaria na formação de jovens, pela "democracia" instituida em Abril de 1974.
Não é a bisnaga o problema! É o conjunto! Professora modernaça e tolerante incluida!!

Anónimo disse...

Anónimo das 11:12 PM,
De que educação estamos nós a falar? Daquela que ensina como comer de faca e garfo, o lado pelo qual uma pessoa deve ser servida à mesa, como nos devemos sentar etc.?
Não, não é disso que falamos.
O que aqui está em causa é somente ensinar às criancinhas que na sala de aula quem manda é o professor e que devemos respeitar os outros se queremos ser respeitados por eles.
Óbviamente que os professores também educam, o que se diz é que a educação é dada, SOBRETUDO, em casa. Ponto final.

Anónimo disse...

Sugiro aos comentadores de sofá, nas suas belas casas climatizadas, que vejam aqui as casas onde são educados os jovens da Escola do Cerco: http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/464342

Lura do Grilo disse...

A minha escola não tinha aquecimento central, não tinha refeitório, não tinha tabelas de basket, não tinha balizas, não tinha campo, não tinha telefone, não tinha bar. Mas tinha um quadro preto, cadernos e um Professor com autoridade que ensinava e se dava ao respeito. Exigia respeito também entre os alunos. Desculpar a má formação com as condições das escolas é hilariante e de uma hipocrisia inqualificável. è o mesmo que desculpar os tiroteios nos bairros de renda nula com a arquitectura dos edifícios.
Boa Noite e durmam bem se conseguirem.

Anónimo disse...

Gostaria de ver a cara do PGR quando os pataratas responsáveis pela tal escola do Cerco do Porto e a mandona imbecil da educação do Norte disserem que o acontecimento não tem qualquer relevância.
Porque razão se condena sempre o aluno que passa a notícia para fora? Querem silenciar nisto como em muitas outras coisas?

Anónimo disse...

"O mal, pelos vistos, começa em casa." Ora nem mais.

Anónimo disse...

Não, isto assim não tem piada. Numa graçola bem feita as armas seriam reais e a professora e demais alunos não estariam com todo aquele clima "sociável". É uma vergonha!

Se não conseguimos replicar partes ou mesmo modelos de organização económica e social dos EUA, que funcionam bem, por exemplo, devemos então reproduzir adequadamente o que de pior tem os outros países. Assim, só com um verdadeiro massacre numa escola é que teria piada. Só a a brincar, mas é melhor não dar muitas ideias...

A professora não é de Psicologia? Que faça então um estudo com imensas variáveis para perceber o que se passou. A não ser que tal tipo de comportamento se considere como enquadrado na normalidade. E aí...