«Afinal, as sondagens exibem divisão nas pessoas. Afinal, o próximo Governo defrontar-se-á com um apertado plano de austeridade para os próximos anos. Vigiado pela Europa e pelo FMI, será forçado a arrumar a sala depois da luxúria socialista. A sua margem será curta, os seus limites serão rígidos. Quem estiver atento às contrapartidas que os líderes europeus estão a exigir, sabe que vai ser assim. Até isso devemos ao primeiro-ministro Sócrates. Não se limitou a espoliar-nos da nossa soberania financeira quando irresponsavelmente nos deixou cair no remoinho dos juros e tornou inevitável o pedido de ajuda externa para o Estado e os bancos cumprirem as suas obrigações mais básicas. Sócrates, não exagero, expropriou-nos também da democracia. Quando em Maio estiver pronto o plano de intervenção externa para um período de três anos, que liberdade caberá ao Governo que vier senão para cortar, exasperar, sufocar a nossa já parca confiança? Não é um preço admirável. E com que liberdade iremos votar em Junho senão para selar um destino já traçado? Sócrates estragou-nos o passado e o futuro. Sabemos hoje que encenou uma fuga, como logo após a sua demissão escrevi aqui: um fugitivo que tenta manipular as suas próprias responsabilidades e transferir culpas. Ao contrário do que ele diz com insistência, ninguém o demitiu. Ele é que se demitiu. Ao contrário do que ele repete com dolo, não foi o chumbo do PEC4 que nos conduziu aqui. Foi a hecatombe de um Governo que errou e ficou sem saída e não quis perder a face. Por isso, estas eleições são decisivas. Mostrar-nos-ão aquilo que valemos, até onde vai a nossa aprendizagem e discernimento. Se os portugueses não castigarem quem nos mentiu e continua a mentir para além do tolerável, então as próximas eleições ficarão reduzidas a nada. Não seremos melhor do que a congregação disciplinada de Matosinhos que, num gesto de fé, se reuniu no fim-de-semana e em que um primeiro-ministro teve a lata de nos falar como se estivesse na oposição. Chegámos ao fim. É um problema de decência.»
Pedro Lomba, Público
Pedro Lomba, Público
17 comentários:
Não valemos pevide e a aprendizagem não se notará; o discernimento não existe - e sim apenas o desejo de narcotização. O Nacional-Gamelismo português foi montado há décadas e acentuado nos últimos anos. Tudo está armadilhado com 1/3 do País directamente dependente do ordenado do Estado - mais outro terço indirectamente. Com tal domínio sobre a "sociedade" não há democracia; já não havia. Daí que pinto-de-sousa tenha ganho em 2009, mesmo sem maioria. O eleitor cobarde (a espécie mais abundante...) queria engasgar-se papalvamente numa tosca mentira; e pinto-de-sousa forneceu-lhe várias à escolha. Mentindo de novo, depois de dizer que "jamais governaria com o FMI", depois de deixar caír (obrigado pelas circunstâncias) o lunático TGV, depois de dizer que resguardaria o "Estado Social" e a "Lei Laboral" do Neoliberalismo, o kerido Líder capitalizará de novo o voto de cerca de 30 a 36 % dos eleitores; pelo menos. Na merda se está, e na merda se quer continuar. É bem feito.
Ass.: Besta Imunda
Gosto imenso do que escreve Besta Imunda. Acho que tem razão, mas é necessário lutar/escrever/demonstrar por que não tenha.
Eu não posso ver nem ouvir José Sócrates, mas (e por isso mesmo...) acho que seria muito interessante que ele ganhasse as próximas eleições.
Sim, "obrigado a governar". E, de preferência, sozinho - com maioria absoluta, se possível.
Carlos, se a realidade fosse um jogo de computador, eu também gostaria de ver Sócrates com maioria absoluta, como um exercício teórico de simulação. Mas a desvantagem da realidade em relação aos computadores é que não podemos voltar atrás, não podemos gravar uma determinada situação para retornar lá se as coisas correm mal ("you lost, play again?").
De qualquer forma, como já disse aqui e noutros locais, eu nem sequer estou convencido de que Sócrates perca, embora duvide que consiga maioria absoluta. O mal do eleitorado é que não aprende. Faz-me recordar um episódio que aconteceu quando eu treinava judo: um colega tentou aplicar uma técnica, eu bloqueei-a e lancei-o ao chão. Ele, em vez de aprender com o erro, fez a mesma técnica, da mesma maneira, uma, outra e mais algumas vezes - sendo previsivelmente lançado ao chão em cada uma delas.
É um problema de decência. Eis os termos que colocam a coisa no seu devido lugar.
O mal do eleitorado que dá 30% a José Sócrates é que, para além de imbecil, ainda por cima é estúpido, infantil e idiota. Não tarda estamos fora do Euro, fora da UE e colonizados pelo que de pior há em África. :-)
A propósito de decência (ou, mais propriamente, falta de...), lembrei-me de uma coisa de que fui testemunha directa e tenho andado desde há muito para contar aqui.
Em finais dos anos 70 do século passado, o "poeta" Pitta e o companheiro Jorge concorreram à Universidade através dos chamados exames ad-hoc.
Acontece que Jorge passou, mas o "poeta" chumbou... a Português, imagine-se!
Lamentavelmente, ao "poeta" não ocorreu obter uma "licenciatura" na Independente, porventura a um domingo, como o amado líder que diariamente incensa...
Like Engº MedinaR said:
Um amigo meu, abstencionista de longa data, reacção a um bilhete meu sobre o 5Junho:
Caro Amigo
Estes gajos não se vão safar desta vez, já que nos puseram de calças na mão, têm que as puxar para cima.
Eu vou desta vez votar PS, para que os responsáveis novamente pelo "pântano", não podem passar a bola ou atirá-la para o quintal do vizinho. Têm que resolver a situação.
Abr E...
Faltou dizer que Jorge, no entanto, não chegou a entrar na Universidade, porque disso, ao que consta, o "poeta" o terá impedido. Era só o que faltava, que o companheiro o ultrapassasse no título académico...
Bmonteiro,
Esse argumento para votar PS deve ter sido inventado pelos socretinos.
Só pode.
É que eles estão agarrados ao poder como lapas e não o pretendem largar de forma nenhuma. Querem lá saber do que acontece ao País...
a latrina fascista do rato continuará a funcionar em pleno.
duvido que o país seja governável com o ps, cuja tradição é não governar nem deixar que isso aconteça sem ele em 1º lugar
Sócrates devia ser expulso do país.
Como a maioria dos intervenientes já não posso com sócrates. E como não sou fã de jogos de computador nem sou masoquista... quero que o sócrates vá plantar batatas!!! mas ai estariamos todos mortos! Porque com o venno que sai daquela cabeça...
Enfim... sr. sócrates faça um favor à nação e emigre!!!!
O PEC V vai ser ainda pior que o PEC IV (que, felizmente, foi recusado)?
Claro que sim. Mas o que é que isso interessa? A questão é simples: O PEC IV seria mais uma maneira de Sócrates derreter os nossos sacrifícios no buraco sem fundo dos Institutos, das Parcerias, dos boys, das girls, dos TGVs, do Aeroporto, do..., do...
Que venham sacrifícios, que tirem os 13ºs, 14ºs e 15ºs meses, que tirem as férias de 35 ou 40 dias, as benesses, as prebendas, o bom e o belo, mas que isso seja feito por quem controle, discipline, eduque, para que os nossos filhos e netos possam ter o mesmo orgulho por nós que hoje têm os alemães ou japoneses, ou ingleses, pelos seus pais e avós, que, após o descalabro e a destruição da II Guerra se dispuseram a trabalhar 60 horas por semana para serem o que são hoje (isto porque, mesmo sem serem brilhantes, estão e são muito melhores do que nós).
Pela minha parte digo Presente a quem for sério e patriota, não a esta merda que esteve em Matosinhos.
Portanto, deixemo-nos de balelas e coisas laterias como aquela do Nobre... Urge correr com o ranhoso imundo, o dito cujo, aquele verme cujo nome já esqueci, para não ensombrar a História da Filosofia. Para tal, só há 2 alternativas: ou votamos no PSD do Passos ou no CDS do Portas. Make no mistake!...
PC
Ao contrário, o gajo da fotografia é um mentiroso patológico, chico-esperto, trafulha, mau carácter, etc. mas receio bem, pelo andar da carruagem, que este excelso povo ainda vai elegê-lo outra vez, tal a estupidez natural dos seus opositores!
Decência seria julgar e condenar Sócrates e camarilha, como exemplo para os políticos tugas que se seguem e seguirão, e como demonstração de vergonha nacional dirigida a todos aqueles países e contribuintes desses países, que nos ajudam a salvar o país da ruína para que esta corja socialista nos atirou.
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