«É curioso que este Primeiro-ministro se queixe da comunicação social, ele que, como ninguém, tem gozado da benevolência e da apatia dos jornalistas. Tem sido assim ao longo dos últimos três anos, sem que se faça uma investigação séria aos gastos em marketing e agências de comunicação que promovem os diversos anúncios das políticas do Governo. Tem sido assim quando a cara do Primeiro-ministro aparece no material distribuído nas cerimónias de inauguração de equipamentos públicos, como aconteceu na semana passada. E terá sido a contar com essa apatia que o Primeiro-ministro achou que podia vender gato por lebre e chamar a um estudo encomendado pelo Governo a ex-funcionários da OCDE um estudo daquela organização. A OCDE não gostou e fez questão de repor a verdade. A fronteira entre a verdade e a mentira pode parecer ténue, mas um Primeiro-ministro deve resistir à tentação de pisar o risco. Quem se queixa de campanhas negras e de insídias deve ser o primeiro a não facilitar, porque as facilidades pagam-se caras.»
Raquel Abecassis
Raquel Abecassis
8 comentários:
J'accuse Mssr Socrates!
"Têm o maior tempo de antena que se pode ter em Portugal, mas quando se diz alguma coisa deles,
AI! AI! AI!, AI! AI! AI! que não pode ser!
Que raio de democracia é esta?"
(Texto do jornalista desportivo Rui Santos, que podemos ouvir quase diariamente num anúncio de um programa desportivo televisivo.)
"J'ACCUSE MONSIEUR LE PREMIER MINISTRE..."
por melhores que sejam as operações de marketing politico a favor do pm,
o outro zé (o povinho dos manguitos) sente constantemente na pele a miséria e a fome, duas más conselheiras
radical livre
«as facilidades pagam-se caras.»
É o que vamos todos pagar. Quase todos.
Nas quintas da marinha e arredores, graças aos seus cérebros privilegiados, alguns irão passar incólumes. Os do género vara.
Porque para pagar as facilidades democráticas do regime, há-de estar o povo, a arraia miúda, como sempre.
Eles que emigrem.
JB
Un autre Dreyfus:
(in CM)
Banco de Rendeiro paga viagem a Durão
O Banco Privado Português (BPP) pagou a viagem, num jacto privado, ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, e à mulher, Margarida Sousa Uva, quase um mês antes de pedir um aval ao Estado no valor de 750 milhões de euros por dificuldades financeiras. Barroso veio a Portugal receber o prémio ‘Política e Responsabilidade’ na 4ª Gala da Fundação Luso-Brasileira, presidida por João Rendeiro, que à época era igualmente presidente do BPP.
JB
Na "mouche"! Mais uma evidência da falta de princípios, da falta de caractér. "Eu, diferente e acima dos outros".
Esse homem é um "casca-grossa". Aquilo a que eu chamo um "grunho". E não me refiro ao "caso" Freeport. Quanto a esse, para já, continuo apenas a dizer que gostaria de saber porquê e por quem o processo foi tão "acelarado".
Ele queixa-se da comunicação social porque só quer Teixeiras, Crespos e todos os vendidos que só fazem ou dizem o que lhe agrada.
Ao menino que não se cansava de afirmar que o bloqueio na ponte Salazar tinha sido absolutamente expontâneo, foi dado um bom tacho.
Por causa do seu procedimento de canalha político, estou com grande receio que ainda ponha o PR a condecorar no 10 de Junho todos os
que se lhe venderam, na comunicação social e não só.
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