«Não acha obsceno e chocante para as pessoas que o Governo continue a fazer grandes eventos de propaganda a propósito de tudo e de nada?
- Eu não só acho obsceno e chocante como acho que o Governo vai ter de ser confrontado com essa questão. Porque não é possível que os dinheiros públicos andem a ser delapidados em festas de propaganda. Eu acho que é algo sobre o qual o Governo terá de vir a dar explicações.
- É que não há um arrepiar de caminho. Todos os dias há mais situações.
- Não há um arrepiar do caminho. Ouça uma coisa. É que se não for isso não é nada. Eu percebo a posição do Governo. Este Governo vive à custa dos anúncios e se esses anúncios não têm um grande impacto e uma grande visibilidade então nós diríamos que não havia absolutamente nada. As pessoas ficam envolvidas e empolgadas, em algumas delas, simplesmente com os sound bites e os anúncios. Se não houver muito barulho com os anúncios no dia-a-dia percebe-se que não há rigorosamente nada. Nem mesmo estas medidas em relação ao apoio às empresas. Se nós falarmos com os empresários eles não sentem nada.
- É o que têm dito.
- Não sentem nada. Se não fosse o anúncio o que é que havia? Percebe-se que um Governo que vive à custa do anúncio invista muitíssimo e fortemente naquilo que é verdadeiramente a sua acção, que é uma acção de anúncios.»
- Eu não só acho obsceno e chocante como acho que o Governo vai ter de ser confrontado com essa questão. Porque não é possível que os dinheiros públicos andem a ser delapidados em festas de propaganda. Eu acho que é algo sobre o qual o Governo terá de vir a dar explicações.
- É que não há um arrepiar de caminho. Todos os dias há mais situações.
- Não há um arrepiar do caminho. Ouça uma coisa. É que se não for isso não é nada. Eu percebo a posição do Governo. Este Governo vive à custa dos anúncios e se esses anúncios não têm um grande impacto e uma grande visibilidade então nós diríamos que não havia absolutamente nada. As pessoas ficam envolvidas e empolgadas, em algumas delas, simplesmente com os sound bites e os anúncios. Se não houver muito barulho com os anúncios no dia-a-dia percebe-se que não há rigorosamente nada. Nem mesmo estas medidas em relação ao apoio às empresas. Se nós falarmos com os empresários eles não sentem nada.
- É o que têm dito.
- Não sentem nada. Se não fosse o anúncio o que é que havia? Percebe-se que um Governo que vive à custa do anúncio invista muitíssimo e fortemente naquilo que é verdadeiramente a sua acção, que é uma acção de anúncios.»
Entrevista de Manuela Ferreira Leite ao Correio da Manhã, conduzida por António Ribeiro Ferreira
2 comentários:
o pm pode aproveitar a sua tribuna de anúncios para promover produtos regionais portugueses.
do consumo de azeite diria:
*nâo produz colesterol (evita enfartes de miocárdio e avcs)
*por não produzir radicais livres, previne doenças degenerativas tipo cancro: retarda o envelhecimento celular.
radical livre
Essa política do anúncio (a "Alegoria da Caverna" de que eu falava há uns tempos e que mais uma vez é referida pelo dr. Pacheco Pereira) é tão evidente há tanto tempo que espantoso é muitos continuarem a julgar que não há uma verdadeira alternativa ao (des)governo de S. Exa.
"Se não fosse o anúncio o que é que havia?".
Eu gostava de saber quanto é que o Estado (NÓS TODOS) gastou nos últimos anos com esta publicidade e todos estes anúncios? QUANTO?
Enviar um comentário