17.6.07

UM TIRO NA CANALHA


O panhonha do marido da Mme. Royal, o sr. Hollande, foi à France2 tentar justificar quer a sua derrota, quer a vitória da maioria presidencial de Nicolas Sarkozy na segunda volta das "legislativas". O sr. Hollande não disse, porém, o necessário: que se ia embora. É que a UMP renovou a sua maioria absoluta e Hollande falou como se isto não tivesse acontecido, um exercício muito comum aos democratas. Mais um tiro na canalha - a que constitui a elite das esquerdas e das direitas na Europa, na política e no resto - sobretudo nos comentários néscios dos últimos dias contra o presidente francês. Em poucas semanas, Sarkozy ganhou tudo o que havia para ganhar e, sobretudo, demonstrou à Europa - pós-blairista, "barrosista", mole e oportunista a que muito emblematicamente Sócrates vai presidir daqui a menos de quinze dias - que é preciso agir. Agir, sempre, contra toda a canalha. A instalada e a por vir.

10 comentários:

Anónimo disse...

A Canalha é um conceito muito abranjente, sem duvida!

João Gonçalves disse...

Não é o conceito que é abrangente. O que há é demasiada canalha por todo o lado.

Fernanda Valente disse...

Ora nem mais!

Anónimo disse...

Eu estive a assistir a uma espécie de mesa redonda na TV5.
Não aguentei mais do que 10 minutos. Lá como cá, já não se pode ouvir as mesmas coisas. Uma, porém, chamou-me muito a atenção :
- Que a recuperação eleitoral do PS à 2ª volta teve muito a ver com uma proposta do Governo (cujo conteúdo exacto desconheço) de IVA social a 24,5% ou assim parecido.
Mas então o Governo tem a ingenuidade de fazer uma tal proposta em vésperas eleitorais ?
É que eu não acredito em ingénuos ...

C Valente disse...

Em todo lado a m.... é a mesma
só acredita quem quer

Anónimo disse...

... e não acredito, muito menos, que MF seja ingénuo :


«Os benefícios da segunda volta

A barragem que os franceses fizeram ao raz-de-marée que a primeira volta das legislativas anunciava para o partido de Sarkosy, demonstra como foi bom saber o que se preparava com uma maioria absoluta dionisiaca. Agora tudo parece mais sóbrio em França...Não será à sobriedade governamental que todos os países aspiram?».
(In «Bichos»)

Anónimo disse...

«(...)Não será à sobriedade governamental que todos os países aspiram?».

Não é. Em Portugal, não é.
Outra vez a merda do «déficit».
Mas que porra é esta do «déficit» desde há 200 anos ? Não chega de Salazar ?!

Anónimo disse...

Mas a verdade é que perdeu votos em relação à maioria anterior e não atingiu os objectivos que ele próprio tinha fixado.
Porém, estes factos, para a direita, não merecem qualquer comentário, nem significam que, em França, a direita recuou efectivamente.

Anónimo disse...

Apesar da vitória da UMP ser menos expressiva que o previsto, e de ter uma maioria absoluta menor em número de deputados que a conquistada em 2002, não deixa de ser notável, e a tal se deve pelo efeito Sarkozy. Sem ele, e dado que os últimos cinco anos da direita no poder não foram brilhantes, muito provavelmente teriam perdido. É preciso não esquecer que é a primeira vez, desde os anos 70, que um partido é reeleito nas eleições legislativas francesas. Desde as vitórias consecutivas da direita em 1973 e 1978, nunca mais até hoje, um bloco partidário conseguiu manter-se no poder mais do que um mandato.

http://fr.wikipedia.org/wiki/%C3%89lections_l%C3%A9gislatives_en_France

Anónimo disse...

ó morsa és tão boazinha q até metes nojo!!