Por causa da gripe, já se fala em banir provisoriamente a comunhão na missa, a água-benta e a saudação entre os participantes. O director-geral da saúde também recomenda que não se deslize mãos e rabo por corrimões, que se evite as caixas multibanco, que se fuja de apoios nos autocarros e no metro, de abrir ou fechar portas ou que (por que não?) não se coma à mesa já que é uma "superfície". Em suma, que se deixe de viver. Da obsessão doentia pela vida saudável - corridinhas, ginásios, andar a pé, não ingerir isto ou aquilo - passámos para a obsessão pela saúde sem vida. Não haverá Júlio de Matos suficientes para internar tanta gente.
6 comentários:
Benvindo ao 'admirável mundo novo'... nem o Aldous Huxley teve imaginação para tanto (ou melhor, para tão cedo)
E depois de tanta assepticazinha, ao primeiro bichozito mais normal caem todos que nem tordos. Vai ser uma Primavera linda...
JCL
Que coisa! Um marciano que aterrasse aqui pensaria estarmos prestes a sucumbir sob a peste bubónica!
A quantidade de alertas vermelhos, amarelos, laranjas, etc, que têm proliferado nestes últimos anos, fazem lembrar a história do "menino e o lobo".
Quando houver um problema verdadeiramente grave, (o que não quer dizer que estes não tenha alguma gravidade), já ninguém acredita e nem toma providências e então sim, será uma verdadeira hecatombe.
Esperemos que não.
Já agora o tal homem bem poderia deixar de abrir a boca diminuindo o PNG-Produção Nacional de Gafanhotos e contribuindo para evitar a propagação do vírus.
Estou a ver que em Portugal muitos ainda não têm noção do potencial desta gripe.
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