Este post é um bocado reaccionário. Ando a ler Rosa Montero, a tal "A Louca da Casa", e cada vez mais me convenço de que não existe esse disparate denominado "escrita no feminino". Há homens que escrevem como mulheres, há mulheres que escrevem como homens e, finalmente, há escritores. Montero é um escritor. E tinha de ser meridional.Tem graça, tem garra, tem classe, tem espírito, é culta e cosmopolita, enfim, vê-se que não se limitou a sobreviver. Vive. Não é uma panhonha mal resolvida, nem uma melancólica mal fornicada. É uma mulher que podia ser um homem , e vice-versa, como no poema do Cesariny. Como é que se pode ler a Rebelo Pinto aos molhos, com os seus casalinhos "normais", previsíveis e acéfalos, quando temos à mão uma escritora como Rosa Montero? E já agora, a "louca" é a imaginação, uma coisa que não abunda na "literatura" portuguesa. Nem no país.
7 comentários:
bem esta escritora não conheço,mas já fico com a dica..gosto imenso de Isabel Allende e aconselho..Rebelo Pinto não sabe escrever,nem tem imaginação nenhuma..é mt light..parece que não tem nada na cabeça e isso vê-se nos livros e na crónica do Jn..
Bravo, João!
Desculpem, mas a Margarida tem uma vantagem... depois de ler um escrito dela, ficamos com uma sede louca de ler um LIVRO
Não é "mal fornicada". É "mal FODIDA".
Concordo que não há escritas no feminino nem no masculino. Há boas e más escritas, como há bons e maus escritores e escritoras. Rosa Montero é uma das boas. Li também "Histórias de mulheres" de que gostei bastante.
ahahahaahah perdoa-me mas tu consegues ser lindo a criticar, às vezes.
Ao contrário de si, penso que uma mulher escreve como uma mulher. Como uma mulher, como uma espanhola, como alguém que tirou o curso de costura, que tem uma corcunda ou uma negra no pé. O escritor não escapa de si mesmo.
Mas a ideia de uma mulher poder ser um homem, ou vice-versa, isso é de facto libertário.
Abraço,
Pedro Ludgero (cabodaboatormenta)
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