"Os filhos crescem, têm autonomia e podem seguir por si", disse ontem Fragateiro em relação à saída da direcção do Trindade, cargo que acumulava com o D. Maria desde Fevereiro. "A existência deste filho estava a perturbar a criação de um projecto identitário para o D. Maria. As pessoas não estavam a conseguir separar aquilo que estava separado na minha cabeça", justificou numa entrevista por telefone. O momento da demissão, segundo Fragateiro, foi escolhido para coincidir com a apresentação da programação do D. Maria II, que será em breve, mas ainda não tem dia marcado." Eu não disse que o homem tinha a cabeça de director teatral amador de um filme de António Lopes Ribeiro? É uma mistura interessante, a desta cabeça com a do "neo-realista" secretário de Estado Vieira de Carvalho. Será que este também pensa como Helena Vieira que verbera Paolo Pinamonti, o director do São Carlos, por causa dos "cantores portugueses"? Que mal lhe pergunte, Helena, acha que o São Carlos, em 2006, é o lugar certo para uma "companhia portuguesa de ópera"? Só se for de uma ópera bufa. Posso não concordar com Pinamonti em muita coisa, mas prefiro uma ópera cosmopolita a uma ópera "neo-realista", de província. Para maus exemplos, já basta o "neo-realismo" embotado que o acompanha na gestão do Teatro.
7 comentários:
A Helena só se "safaria" se algo, no São Carlos, mudasse para pior....como ela tanto deseja!!! As vozes revisteiras não são para o Teatro São Carlos....
Além de que só uma cantora ressabiada poderia ter dito o que disse, pois muitos BONS cantores PORTUGUESES têm actuado durante as excelentes temporadas artísticas do Pinamonti!!! Mas SÓ AS BOAS VOZES...nada de confusões !!!!
No que respeita ao "noe-realismo" que o acompanha no Teatro São Carlos...eu diria antes SURREALISMO !!!!!
por lapso foi mal escrito: digo NEO-REALISMO
O São Carlos é apenas mais um exemplo do que para aí anda... de paloncice encoberta, mas muito "in" porque é do estrangeiro... pergunte-se porquê ganha Pinamonti o que ganha no São Carlos, porque teve de se criar uma lei especial só para ele... e para quê? Para as produções dos últimos anos? Se alguém se desse ao trabalho de fazer uma análise custo/benefício, mais valia terem estado quietos, fechar a instituição e poupar 50 milhões de euros. Então e só então, arrancar com um projecto com pés e cabeça, e servisse para vender as nossas produções e não para comprar as produções dos outros, tudo no respeito da tradição do São Carlos. Ou seja, aumentar exportações e diminuir importações... dando o exemplo de bons meninos que o Sr Primeiro Ministro deseja que os empresários do sector privado sejam... Alguém repara na hipocrisia, ou são só alguns "velhos do Restelo"? Anyway, who cares? feitas as contas, dividindo-se a despesa por todos os contribuintes, daria uns míseros euricos a cada um para manter o São Carlos tal como está. Que se f***. fiquem lá com esses trocos, é gorjeta. Mas não me peçam para lá ir, Nem atirem areia para os olhos e queiram fazer-se passar por algo que não são. Na linha do total encontro apenas pretenciosidade e indigência fransciscana.
kk
"comezinhos".....são realmente os portuguesinhos neste portugal dos pequeninos!!!! E assim pretendiam alguns que, no São Carlos, tudo fosse tal como eles....Felizmente ainda temos a sorte de alguém de Fora vir engrandecer uma Instituição que só servia para encher o EGO dos que por lá foram passando!!! Como um deles disse nos anos 80: "É mais um tachito"!!!
O Pai Tirano pelo menos tinha graça!!!
Não há neste jardim à beira mar coisa que toque mais no nervo que o "sãocarlos". Isto desde o tempo do liberalismo, em que a questão nacional, reflectida na capacidade de fazer ópera "italiana", foi primeiro colocada. Desde então temos tido várias versões da aproximação-repulsa da ópera italiana - com destaque para a cegueira ideológica do nosso actual ministro da cultura, que comparou D. Duardos e Flérida a Tristão, com claro desfavor para Wagner. Pasme-se, mas, se Deus quiser, Lá Vamos, Cantando e Rindo
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