23.9.06

CULPA DELE? - 2

Queria dedicar-me neste fim-de-semana à "cultura" e aos jornais que, sem ofensa, são uma saudável - quando são - manifestação da dita. Todavia, o post anterior suscitou comentários que merecem ser comentados em duas linhas. Para mim, o mandato deste PGR foi indigente e mal explicado. Em nenhum lugar ponho em causa a seriedade e a integridade intelectuais de Souto Moura. Apenas não tinha jeito e, a partir de certa altura, não deve ter assimilado bem por que caminhos estava a entrar. Se tivesse entrado, se o tivessem deixado entrar, provavelmente o regime teria de fechar as portas. O mal dele foi, justamente, ter aquela mania de falar à saída das portas. Por outro lado, não soube pôr ordem nos seus hierarquizados e, por tabela, deu lastro a infantilidades que, na justiça, se pagam demasiado caras. Quando refiro "mal explicado", penso nele e na política. Existiu uma complacência mútua entre a PGR, a política e outras "forças vivas da nação"- tem existido sempre, aliás, e não é por acaso que as musas do governo para a justiça, Rui Pereira e outros, queriam uma "justiça especial" para os "especiais" e foi assinado um "pacto"- que lá mais para diante, em memórias sérias, talvez alguém possa explicar. Agora não porque o regime tem de continuar.

Sem comentários: